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Corpo de Juliana Marins só será liberado após análise para saber causa da morte

A jovem, foi encontrada sem vida a 600 metros abaixo da trilha, quatro dias após ter caído no penhasco. A partir da analise será possível saber a causa da morte e o dia aproximado em que isso ocorreu

Corpo de Juliana Marins é resgatado e passará por análise antes da liberação para família | Foto: Reprodução/ Internet
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Na manhã desta quarta-feira (25/06) o corpo da brasileira Juliana Martins, que caiu em um vulcão na Indonésia foi removido. A jovem, foi encontrada sem vida a 600 metros abaixo da trilha, quatro dias após ter caído no penhasco. Os trabalhos duraram mais de 7 horas e a informação foi confirmada pelo chefe da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia, Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i, além de outros socorristas voluntários.

De acordo com a agência, foram utilizadas cordas para içar o corpo da brasileira. Além disso, quatro socorristas estavam acampados a 600 metros de profundidade, junto ao corpo, e outras três, que serviram de apoio, estavam a 400 metros da trilha.

Após a remoção, o corpo será transportado de helicóptero para o Hospital Policial de Bhayangkara, em Nusa Tenggara Ocidental, para exames mais aprofundados. O objetivo, de acordo com agência de notícias local Antara, é saber a causa da morte e o dia aproximado em que isso ocorreu.

 Brasileira Juliana Martins (Foto: Reprodução)

Na internet, houve muitas manifestações de tristeza, apoio à família e indignação com a demora e possíveis erros do trabalho de resgate. Segundo autoridades da Indonésia, nos últimos cinco anos foram registrados 190 acidentes no mesmo parque, sendo que oito pessoas morreram e 180 ficaram feridas.

Em suas redes sociais, o pai de Juliana, Manoel Marins, fez uma homenagem à filha, com a letra de uma música de Chico Buarque. Ele já desembarcou em Bali e deve acompanhar os trâmites de liberação do corpo.

Veja a cronologia completa da tragédia

  • Sexta-feira, 20 de junho, 19h (Brasília) – A brasileira Juliana Marins caiu em um abismo de cerca de 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela estava com um grupo e um guia, mas ficou para trás ao se dizer cansada. Horas depois, turistas a localizaram com ajuda de um drone. Ela estava presa em uma fenda, sem agasalho e com dificuldade de locomoção.

  • Sexta-feira, 20 de junho, por volta das 22h – turistas que encontraram o perfil de Juliana nas redes sociais e conseguiram contato com uma amiga, avisaram a família sobre o ocorrido.

  • Sábado, 21 de junho, 11h40 – Foi enviada a informação de que socorristas chegaram até a região e forneceram comida e água, mas não conseguiram retirá-la por causa do terreno e do mau tempo. Segundo parentes, um vídeo do local chegou a ser enviado. No entanto, dias depois, a família descobriu que o vídeo era forjado e que Juliana nunca recebeu alimentação ou agasalhos.

  • Sábado, 21 de junho – Em nota oficial, o Parque Nacional do Monte Rinjani informou, que Juliana havia caído e estava a cerca de 150 a 200 metros de distância.

  • Sábado, 21 de junho, 17h10 – A última vez que Juliana foi avistada por drone, ainda com contato visual.

  • Domingo, 22 de junho, madrugada – Na madrugada, a família soube, que a informação de que Juliana havia sido localizada e recebido alimentação e água era falsa. Às 3h30, a família divulgou nota com preocupação, informando que as informações das autoridades da Indonésia eram falsas.

  • Domingo, 22 de junho, madrugada – A embaixada afirmou que as buscas foram retomadas, mas a família disse que o tempo ruim impediu o avanço.

  • Domingo, 22 de junho, fim da manhã – Familiares informaram que as buscas foram oficialmente suspensas por conta da forte neblina.

  • Segunda-feira, 23 de junho, madrugada – As buscas recomeçaram com apoio de drone térmico e presença de diplomatas brasileiros.

  • Segunda-feira, 23 de junho, 5h (Brasília) – Juliana foi localizada novamente, imóvel, a cerca de 500 metros de profundidade.

  • Segunda-feira, 23 de junho, 11h36 – Dois alpinistas experientes se juntaram ao resgate com novos equipamentos. O parque confirmou que Juliana ainda estava no penhasco, sem se mover.

  • Segunda-feira, 23 de junho, 23h37 – Equipes de resgate desceram 400 m, mas estimaram que Juliana estava mais 650 m de distância, cerca de 1.050 metros ao todo.

  • Terça-feira, 24 de junho, 5h42 – A família de Juliana foi informada oficialmente que a região do acidente havia sido fechada para a realização da operação, para evitar a presença de turistas e curiosos. Medita adotada apenas quatro dias depois do acidente.

  • Terça-feira, 24 de junho, 6h40 – O pai da jovem, Manoel Marins, embarcou para a Indonésia. Devido às restrições aéreas causadas pelo conflito no Oriente Médio, havia dificuldades para o voo decolar nos últimos dias.

  • Terça-feira, 24 de junho, 11h – Família de Juliana informa oficialmente que o corpo da jovem foi encontrado sem vida por socorristas na Indonésia.

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