Corpo de estudante que foi morto na Bolívia chega “de surpresa” ao Brasil

Ela foi comunicada logo após efetuar o depósito dos R$ 10 mil arrecadados em campanha realizada pelas redes sociais.

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A família do estudante Osmair Chaces Rodrigues, conhecido como Buiu, que morreu em La Paz, na Bolívia, na última terça-feira (11), foi ?pega de surpresa? ao receber a informação do Consulado Brasileiro de que o corpo chegou em São Paulo (SP) nesta sexta-feira (14). Ela foi comunicada logo após efetuar o depósito dos R$ 10 mil arrecadados em campanha realizada pelas redes sociais.

Osmair nasceu em Flórida Paulista e morou até 2011 em Adamantina, quando se mudou para a capital boliviana para estudar medicina. De acordo com familiares, ele sofreu um infarto por causa da altitude e seriam necessários R$ 10 mil para o pagamento do translado até o Brasil.

Segundo Tiago Sichieri, um dos familiares, a notícia surpreendeu a todos. ?Acreditávamos que ele só sairia de lá na noite desta sexta-feira e que só chegaria em Flórida Paulista, cidade onde ocorrerá o enterro, após a segunda-feira (17). Esse adiantamento aconteceu porque os órgãos responsáveis pela liberação do corpo no Brasil só trabalham com plantonistas aos finais de semana?, diz.

O corpo deve ser encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), que providenciará a autorização para o deslocamento. A partir daí, o transporte até Flórida ficará sob responsabilidade de uma funerária de Flórida. A expectativa é de que tudo esteja resolvido ainda neste final de semana.

?Tivemos que comunicar a todos para providenciarmos todas as medidas necessárias. Até mesmo a funerária está fazendo um trabalho diferenciado, acionando uma empresa da capital, para facilitar este processo?, declara Tiago.

Campanha

Uma mobilização por meio das redes sociais foi feita para arrecadar o dinheiro necessário para o translado, que custaria aproximadamente US$ 4 mil. A família chegou a procurar o Itamaraty, em Brasília, que alegou que o custeio só ocorre quando algum brasileiro morre em serviço em prol do país, como uma ação comunitária ou militar.

?Fiquei impressionado com as doações e imensamente feliz. Não tenho palavras para dizer a satisfação que tive. Agradeço a todos os amigos e pessoas que tinham um carinho pelo meu filho e nos ajudaram?, afirma o pai de Osmair, Lúcio Rodrigues, de 69 anos.

Ele diz que não imaginava que a mobilização seria tão grande e que além das doações recebidas de moradores de Flórida Paulista e Adamantina, outras foram feitas de Barra Bonita (SP) e Três Lagoas (MS). ?Eu sempre soube que ele tinha grandes amizades, mas não imaginava que eram tantas. Agora, vamos poder nos despedir e orar por ele?, conclui.

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