Confrontos motivados pela greve geral na Colômbia deixaram oito feridos em Cali neste domingo (9). Grupos de civis armados dispararam contra manifestantes que integram um movimento indígena, que protestava contra o governo do presidente Iván Duque.
A imprensa local informa que todos os feridos são indígenas e que, dentre os oito feridos, três estão em estado grave.
Bloqueios provocam escassez de produtos e suprimentos na região, o que aumentou a tensão na terceira maior cidade da Colômbia, com 2,2 milhões de habitantes.
Presidente enviará reforços
O presidente Iván Duque autorizou o envio de reforços para a Força Pública “para garantir a ordem pública na cidade e proporcionar tranquilidade à população”. E ordenou o deslocamento da equipe liderada pelos ministros da Defesa, Diego Molano, e do Interior, Daniel Palacios.
Duque também decretou medidas de restrições à mobilidade de circulação e lei seca na região.
O Exército Nacional garantiu que possui 2.100 homens destacados e mais 10 mil homens da Polícia Nacional para garantir o restabelecimento da segurança na região.
Mortes e violência
Em seis dias de protesto, morreram pelo menos 18 civis e um policial em protestos na Colômbia. A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou, na terça-feira (4), o "uso excessivo da força" no país e um ministro renunciou. Nas redes sociais há vídeos e imagens de ações violentas da polícia colombiana.
A crise de violência começou em 28 de abril, quando houve um primeiro protesto contra uma reforma tributária do governo.
O plano tinha sido apresentado pelo governo ao Congresso no dia 15 de abril, como uma medida para financiar os gastos públicos.
O projeto recebeu críticas da oposição política e também de aliados do presidente Iván Duque. O descontentamento logo se espalhou entre a população.