Três minutos de silêncio fecharam nesta quinta-feira (29), na capital Pyongyang, o velório do ex-líder da Coreia do Norte Kim Jong-il, que morreu em 17 de dezembro.
O cerimonial foi realizado na praça Kim Il-sung, que recebeu esse nome em homenagem ao pai do ex-ditador.
Antes da homenagem, canhões de artilharia próximos ao local dispararam salvas de 21 tiros, como mostraram imagens retransmitidas pela televisão estatal "KCTV".
Após os disparos, os militares e civis se aproximaram do rio Taedong e, num gesto de reverência, abaixaram suas cabeças e iniciaram os três minutos de silêncio ao meio-dia (horário local).
Enquanto isso, trens, navios e bondes da capital norte-coreana soaram suas sirenes. O gesto foi o último ato do funeral que começou nesta quarta(28), e encerra um luto de 13 dias pela morte de Kim Jong-il.
O corpo do "querido líder" ficará exposto no palácio de Kumsusan, onde também está seu pai, Kim Il-sung, que governou o país desde sua fundação, em 1948, até sua morte, em 1994.
Imagens retransmitidas pela televisão estatal mostraram a praça Kim Il-sung, onde foi colocada uma grande fotografia de Kim Jong-il.
Os norte-coreanos escutaram atentos discursos de autoridades militares, entre eles o sucessor e filho do ex-governante, Kim Jong-un.
Numa manhã fria, o número dois do regime, Kim Yong-nam, de 83 anos, exaltou os "avanços" realizados no país pelo "querido líder" em 17 anos de mandato. "Foi um grande revolucionário e político", disse o chefe do Presidium da Assembleia Popular Suprema, que destacou que o ex-líder "liderou o avanço da revolução" e "compreendeu a nova era".
"O grande coração do camarada Kim Jong-il parou de bater", declarou Kim Yong-nam.
"Uma partida tão inesperada e precoce é a maior perda, inimaginável, para nosso partido e a revolução", afirmou Kim Yong-nam, que ressaltou a contribuição do dirigente falecido para "a paz e a estabilidade mundial no século XXI".
"O respeitado camarada Kim Jong-un é o líder supremo de nosso partido e do Exército, herdou a inteligência, a capacidade de comando, o caráter, o senso moral e o valor de Kim Jong-il", completou Kim Yong-nam.
Vários comandantes militares estavam presentes no palanque, incluindo o chefe do Estado-Maior, Ri Yong-ho, e o ministro das Forças Armadas, Kim Yong-chun.
A cerimônia na praça Kim Il-Sung terminou com a interpretação da "Internacional" por uma orquestra militar e por uma salva de 20 disparos de canhão.