Nesta segunda-feira, em Medellin, na Colômbia, uma idosa foi a um açougue no bairro Belén. Durante trinta minutos, ela ficou escolhendo a carne que levaria para a semana. O açougueiro estava terminando de despachar o pedido da mulher, quando de repente ouviu dois tiros. A senhora, deitada no chão, foi atacada por dois homens armados que atiraram na cabeça dela e fugiram às pressas em uma motocicleta.
Assim terminou a vida de Giselda Blanco conhecida como "a rainha da coca" ou "a madrinha", de 69 anos, responsável por 250 assassinatos na Colômbia e que entre as décadas de 70 e 80 acumulou uma fortuna incalculável traficando cocaína para os Estados Unidos. Ela, assim como o falecido Pablo Escobar, tinha um repertório de excentricidades em sua carreira criminal: seus dois maridos foram mortos por problemas com o tráfico de drogas. De seus quatro filhos, dois foram mortos pelos laços com a máfia, outro permanece na prisão nos Estados Unidos e o mais novo, Michael Corleone, uma referência ao filme "O poderoso chefão", sofre de uma doença.
Blanco passou cerca de 30 anos na prisão nos Estados Unidos por tráfico de drogas e três assassinatos antes de ser deportada para a Colômbia em 2004. Ela inaugurou a rota do tráfico entre a Colômbia e a Flórida e anos mais tarde herdou o cartel de Pablo Escobar, em Medellin.
Familiares disseram que Blanco cortou suas relações com o crime organizado depois de ter voltado ao país. Ela queria reconstruir sua vida como uma mulher comum. Ninguém suspeitava que era ela realmente. A polícia está investigando a motivo do crime.