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Colômbia: Miguel Uribe segue em estado crítico e tem 'pouca resposta' à terapia

Uribe foi atingido na cabeça e na coxa enquanto discursava em uma rua no bairro Fontibón, em Bogotá.

Miguel Uribe, senador e pré-candidato à presidência da Colômbia | Foto: Raul Arboleda/AFP
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O estado de saúde do pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe Turbay, baleado na cabeça durante um comício no último sábado (7), permanece gravíssimo. Segundo novo boletim divulgado nesta segunda-feira (9) pelo hospital Santa Fé de Bogotá, Uribe apresentou “pouca resposta” ao tratamento médico.

“O paciente continua em estado crítico e teve resposta limitada às intervenções realizadas”, afirmou Adolfo Llinás Volpe, diretor médico da instituição.

Uribe foi atingido na cabeça e na coxa enquanto discursava em uma rua no bairro Fontibón, em Bogotá. Ele passou por cirurgias na madrugada de domingo e foi encaminhado à UTI. Ainda no domingo, o hospital classificou seu quadro como de “máxima gravidade”.

O governo colombiano anunciou uma recompensa de US$ 729 mil (aproximadamente R$ 4 milhões) por informações sobre os mandantes do ataque. Um adolescente de 15 anos foi detido com uma arma de fogo no local, mas autoridades acreditam que o atentado tenha sido orquestrado por um grupo criminoso ou político, reacendendo o alerta para a violência política no país.

Mais de cem investigadores da polícia estão mobilizados para apurar o caso. No domingo, apoiadores de Uribe saíram às ruas de Bogotá em protesto e em solidariedade ao político.

Histórico e repercussão

Miguel Uribe é neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada pelo Cartel de Medellín. O ataque contra ele gerou forte repercussão dentro e fora da Colômbia.

O presidente Gustavo Petro ordenou uma investigação rigorosa. Em comunicado, o governo colombiano afirmou que o atentado “fere não apenas a integridade do senador, mas também a democracia e a liberdade política”.

O partido de Uribe, Centro Democrático, também se pronunciou: “Um ato de violência inaceitável”. O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, repudiou o atentado e manifestou confiança na investigação conduzida pelas autoridades colombianas.

Os Estados Unidos, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, também condenaram o episódio “nos termos mais fortes possíveis”.

Violência política na Colômbia

A Colômbia tem um histórico trágico de violência contra candidatos presidenciais. Nos últimos 50 anos, três foram assassinados em atentados: Luis Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990). O ex-presidente Álvaro Uribe também foi alvo de tentativas de assassinato durante sua carreira.

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