O governo da Colômbia e os rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) assinaram um acordo em Havana, Cuba, para começar negociações de paz, informou nesta segunda-feira (27) a TV Telesur.
O conteúdo do acordo deve ser divulgado em breve pelo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, que também vai informar sobre a agenda do diálogo, segundo o canal.
O governo colombiano negou a notícia e afirmou que o governo fará um pronunciamento "quando houver o que ser anunciado".
A guerrilha ainda não se pronunciou.
Segundo a rede de TV, o início formal dos diálogos entre as duas partes está previsto para outubro na cidade de Oslo, na Noruega.
Depois, os representantes do governo e das Farc se reuniriam novamente em Havana.
Nessa reunião, o objetivo seria estabelecer um pacto de paz que termine com os mais de 50 anos de conflito.
O processo teria sido iniciado em maio deste ano, quando conversas secretas sobre o assunto foram iniciadas em Havana, com o acompanhamento dos governos de Venezuela, Cuba e Noruega.
Ainda de acordo com a TV, os principais envolvidos nesse processo por parte das Farc foram o comandante guerrilheiro Maurício, mais conhecido como ?o médico?, e os rebeldes Rodrigo Granda, Marcos Calarcá e Andrés París.
Por parte do governo colombiano participaram o atual conselheiro de segurança, Sergio Jaramillo, o ministro do Meio Ambiente, Frank Pearl, e Enrique Santos Calderón, irmão do presidente da Colômbia.
As Farc, fundadas há mais de 45 anos, são a principal guerrilha da Colômbia, com cerca de 9.200 combatentes atualmente, segundo números do Ministério da Defesa.
O governo a considera um grupo terrorista.
A guerrilha vinha manifestando intenção de negociar com o atual governo.
Há meses há boatos sobre supostas negociações. O ex-presidente colombiano, Álvaro Uribe, tem usado bastante o Twitter para detalhar as supostas conversas.
Embora as Farc estejam debilitadas por uma ofensiva militar apoiada pelos Estados Unidos, na qual foram mortos recentemente vários de seus comandantes, o grupo ainda mantém capacidade de cometer ataques de grande impacto, até mesmo em grandes centros urbanos.