O diretor da CIA, John Brennan, desculpou-se com os funcionários do Senado americano pelos registros feitos por seus agentes nos computadores de parlamentares, anunciou nesta quinta-feira (31) um porta-voz da agência de inteligência americana.
Em março passado, o Senado acusou a CIA de haver espionado sem autorização os computadores usados pelos investigadores da comissão de inteligência para um relatório sobre o uso de tortura entre 2002 e 2006.
A comissão de Inteligência iniciou uma investigação em 2009 sobre o programa de interrogatórios violentos da CIA, e teve acesso a mais de seis milhões de documentos entregues pela agência.
Os senadores podiam consultar esses documentos nos computadores protegidos e aos quais a CIA não deveria ter acesso, segundo um acordo entre o Senado e a agência de inteligência.
Mas, em 2010, mais de 900 páginas de documentos particularmente importantes desapareceram dos expedientes protegidos.
Entre os documentos desaparecidos, havia alguns relativos a um memorando secreto difundido pelo diretor anterior da CIA, Leon Panetta que, segundo a comissão, contradizia a posição oficial da CIA sobre torturas durante interrogatórios.
John Brennan negou na ocasião que a CIA espionasse a comissão, mas pediu ao inspetor-geral da agência que iniciasse uma investigação interna. Agora Brennan abriu uma investigação dentro da CIA que poderá levar a sanções disciplinares.