A China suspendeu os intercâmbios de alto nível com o Japão neste domingo (19) e prometeu duras medidas defensivas após um tribunal japonês estender a detenção de um capitão de um barco chinês que colidiu com dois navios da guarda costeira japonesa.
A disputa entre as duas maiores economias da Ásia se aprofundou desde o Japão prendeu o capitão, acusando-o de deliberadamente atingir um navio patrulha e obstruir a aproximação de funcionários públicos japoneses a ilhotas desabitadas no Mar da China Oriental, reivindicada pelos dois lados.
A China exigiu "que o Japão liberte imediatamente o capitão, sem quaisquer condições prévias", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, repetindo que a China viu a detenção como ilegal e inválido. "Se o Japão age deliberadamente e insiste em repetir o erro, o lado chinês vai tomar contramedidas fortes, e todas as consequências devem ser suportadas pelo lado japonês", disse Ma.
A decisão do Japão "prejudicou seriamente as relações sino-Japonesas", acrescentou a televisão estatal. A China suspendeu as relações de nível ministerial e provincial com o Japão.
A agência de notícias japonesa Kyodo informou que a detenção do capitão tinha sido prorrogada até 29 de setembro. O governo japonês não divulgou nenhuma resposta oficial.