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Chefe do Hamas em Gaza declara fim da guerra com Israel; reféns devem ser libertados

Segundo imprensa dos EUA e de Israel, grupo terrorista não sabe onde está parte dos 28 corpos de reféns que morreram em cativeiro.

Khalil Al-Hayya, negociador-chefe do Hamas. | Foto: Reprodução/Reuters
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O líder do Hamas, Khalil Al-Hayya, anunciou nesta quinta-feira (9) o fim da guerra com Israel. Segundo ele, o grupo recebeu garantias dos Estados Unidos e de mediadores árabes sobre um cessar-fogo permanente. Al-Hayya, que atuou como negociador-chefe nas tratativas do plano de paz proposto pelos EUA para a Faixa de Gaza, sobreviveu em setembro a um ataque israelense contra alvos do Hamas no Catar.

O anúncio do acordo de paz foi feito na quarta-feira (8). De acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Israel e Hamas concordaram em iniciar a primeira fase de implementação para o fim do conflito.

Até a última atualização, Israel ainda não havia ratificado oficialmente o acordo de paz. Uma reunião de ministros para discutir o tratado foi encerrada por volta das 15h desta quinta-feira (9).

A guerra entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro de 2023, quando o grupo terrorista lançou um ataque que deixou mais de 1.200 mortos e resultou no sequestro de 251 pessoas. Desde então, mais de 60 mil palestinos morreram na Faixa de Gaza, segundo autoridades ligadas ao Hamas.

Khalil Al Hayya - Foto: Al-Aqsa TV / UPI/MAXPPP 

Reféns mortos

Entre as condições do acordo de paz na Faixa de Gaza, firmado entre Israel e o Hamas na quarta-feira (8), está a devolução dos corpos de reféns mortos em cativeiro pelo grupo terrorista.

No entanto, esse ponto pode se tornar um dos principais entraves para a implementação do acordo. De acordo com a imprensa norte-americana e israelense, o Hamas não sabe a localização de parte dos corpos.

Nesta quinta-feira (9), a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa internacional para ajudar o Hamas a localizar os corpos em diferentes áreas da Faixa de Gaza. O grupo contará com a participação de Estados Unidos, Catar, Egito e Israel, além de autoridades turcas, que também atuaram nas negociações do acordo.

O número de corpos desaparecidos ainda era desconhecido até a última atualização. No total, 28 dos 48 reféns ainda sob poder do Hamas foram mortos, e a imprensa israelense estima que seis ou sete corpos ainda não foram localizados. O grupo terrorista não se pronunciou oficialmente sobre o tema.

Segundo a imprensa dos Estados Unidos, o Hamas pediu mais tempo para devolver os corpos das vítimas. O presidente norte-americano Donald Trump afirmou que todos os reféns serão libertados provavelmente na segunda-feira (13), dentro do plano de paz firmado na quarta-feira (8).

Pontos do acordo

O plano de paz foi apresentado no fim de setembro por Trump e negociado com a mediação de Egito, Catar e Turquia.

  • Segundo Trump, Israel e o Hamas chegaram a um acordo para a implementação da primeira fase do plano de paz.
  • Nesta etapa, todos os reféns mantidos pelo grupo terrorista desde outubro de 2023 serão libertados. Em troca, Israel irá soltar prisioneiros palestinos.
  • Tropas israelenses que estão na Faixa de Gaza devem recuar de suas posições.
  • O território palestino receberá mais caminhões de ajuda humanitária, com a entrega de comida, água e medicamentos.

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