Carrapato encontrado nos EUA pode transformar uma pessoa carnívora em vegetariana

Carrapato encontrado nos EUA pode transformar uma pessoa carnívora em vegetariana

Carrapato | Reprodução
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Notícia publicada no portal NBC está atraindo grande curiosidade. Seria possível um ser vivo tão pequeno forçar uma pessoa carnívora, que aprecia um belo bife, ser vegetariana, obrigatoriamente?

Ao que tudo indica, sim! O fato não é de conhecimento científico recente. Os pesquisadores já sabiam dessa capacidade e agora dizem que o problema pode se agravar, já que a espécie parece estar se espalhando, com 200 casos oficiais confirmados de vítimas nos EUA.

O problema é tão grave que, pessoas que foram picadas por ele, não podem comer nem mesmo um simples hambúrguer, pois a carne ingerida provoca uma reação alérgica seríssima, obrigando as pessoas a procuraram o serviço de emergência.

Pouquíssimas pessoas sabem do problema e demoram muito tempo para reconhecer que algo está errado. De acordo com o portal NBC, o alergologista Greg Cergol, comentou que a espécie é um tipo de carrapato estrela solitário. Apesar do aparente “pânico” que se instaurou no Texas, um dos estados americanos que mais consome carne, existem outras espécies de carrapato no Japão, Espanha, Suécia, Alemanha, França, Austrália e Coréia do Sul que também podem provocar alergia à carne nos usuários picados por eles.

A chave está na bioquímica. O carrapato possui uma substância chamada galactose-alfa. Trata-se de um tipo de açúcar que também pode ser encontrado nas carnes vermelhas, especialmente bovina, mas também está presente em suínos, na carne do veado, de coelho, além de produtos que usem leite.

Quando você ingere essa substância via oral e cai no estômago, não existe nenhum mal, mas ao entrar pela corrente sanguínea através da picada do carrapato, o corpo reage de modo enérgico, com grande resposta imunitária.

O seu corpo começa a entender que esse açúcar no sangue é algo estranho e maléfico, e começa a tentar eliminá-lo através da ação de potentes anticorpos.

O que acontece a seguir é uma memória imunitária, ou seja, todas as vezes que o indivíduo ingerir carne ou qualquer alimento que contenha galactose, desencadeará uma reação alérgica no corpo.

Em um dos depoimentos mais dramáticos, Louise Danzig, de 63 anos, comentou sua experiência: “Eu acordei com as mãos muito inchadas, estavam pegando fogo de tanta coceira. Eu podia sentir meus lábios e língua, estavam inchados”. Ela apenas teve tempo de ligar e pedir ajuda. Rapidamente começou a ver suas vias respiratórias fecharem e perder a capacidade de fala. Tudo isso ocorreu após ela comer um hambúrguer. Ela não sabia que havia sido picada pelo carrapato.

Tratamento

As reações alérgicas são tratadas com anti-histamínicos, para aliviar a coceira e, em casos mais graves, adrenalina intravenosa. Os médicos aconselham que pacientes levem consigo adrenalina, para casos de extrema emergência, se comerem carne novamente, sem perceber, em algum alimento industrializado.

Os médicos não sabem dizer se a alergia é permanente ou por quantos anos ela dura. As pesquisas mostraram que alguns pacientes enfrentam queda desses anticorpos ao longo do tempo, e muitos não admitem parar de comer carne e consomem salsichas, hambúrgueres, carne e derivados, mesmo sabendo que a reação desagradável começará em questão de minutos ou horas.

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