Câmera subaquática mostra vazamento na costa dos EUA

Imagens foram liberadas após pressão de deputados; governo americano diz que medidas da BP ficam “aquém” do necessário.

Oléo vazando | G1
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Uma câmera instalada a cerca de 1,6 mil metros de profundidade mostra uma enorme quantidade de petróleo vazando próximo da tubulação que carrega o óleo para a superfície, enquanto peixes e até uma enguia nadam ao redor e dentro do óleo.

As imagens foram colocadas no site da Câmara de Representantes do Congresso americano, no endereço www.globalwarming.house.gov.

Na quinta-feira (20), um porta-voz da BP disse que o vazamento pode ser maior do que os 5 mil barris diários estimados anteriormente.

Em declarações à agência AFP, Mark Proegler afirmou que essa quantidade de óleo já está sendo bombeada através de um tubo inserido na tubulação avariada, mas que ainda há petróleo vazando.

"Agora que estamos coletando 5 mil barris por dia (o vazamento) pode ser um pouco mais que isso", disse.

Estimativas de analistas independentes apontam que a perda de petróleo pode ser dez vezes maior que isso.

Impaciência

Em uma carta enviada à direção da BP, o governo Obama expressou sua impaciência com as medidas de contenção da mancha.

"Na reação a esse vazamento de óleo, é crítico que todas as ações sejam conduzidas de maneira transparente, com todos os dados e informações relacionados ao vazamento (sendo) prontamente disponibilizados para o governo dos Estados Unidos e o povo norte-americano", disseram

A secretária de Segurança Doméstica, Janet Napolitano, e a administradora da Agência de Proteção Ambiental, Lisa Jackson, disseram que as medidas da BP até o momento estão "aquém tanto em seu escopo quanto em eficácia."

O vazamento começou em 20 de abril, quando uma plataforma de petróleo no Golfo do México explodiu e afundou, deixando 11 mortos.

A mancha de óleo resultante já chegou a praias a 90 km do local do acidente. O óleo atingiu a costa do Estado de Louisiana.

Nesta sexta-feira, as autoridades temem que o petróleo continue destruindo ecossistemas das zonas alagadas no Delta do Mississipi.

Há também temores de que as correntes marinhas levem a poluição para a Flórida.

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