A Câmara Baixa do Japão aprovou nesta quarta-feira o segundo orçamento extraordinário no valor de R$ 39,8 bilhões para a reconstrução das áreas do nordeste do país afetadas pelo terremoto e tsunami de março. O aporte adicional, que agora deve obter o sinal verde do Senado, segue o primeiro aprovado em maio de R$ 78 bilhões para a primeira fase de reconstrução.
A aprovação do segundo orçamento é uma das condições impostas pelo primeiro-ministro, Naoto Kan, para cumprir sua promessa de renunciar, uma reivindicação da oposição e de vozes de dentro de seu próprio partido.
Kan se comprometeu a deixar o cargo uma vez esteja canalizada a reconstrução, e pôs como condições, além da aprovação do orçamento, o sinal verde de uma lei para incentivar as energias renováveis e outra para agilizar a reabilitação do nordeste.
Na Câmara Alta, dominada pela oposição, o segundo orçamento extraordinário poderia obter o sinal verde definitivo nesta mesma sexta-feira, segundo a agência local Kyodo.
A primeira verba, de 35 bilhões de euros para financiar a reconstrução, foi destinada a reconstruir povos inteiros, reparar infraestruturas de transporte arrasadas pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, retirar escombros e construir casas temporárias.
O desastre, o mais grave vivido pelo Japão desde a Segunda Guerra Mundial, deixou mais de 20 mil mortos e desaparecidos e danos em infraestruturas, imóveis e outras instalações calculados em 140 bilhões de euros, além de suscitar em Fukushima a pior crise nuclear dos últimos 25 anos.