Bruna Bovino, a brasileira encontrada morta na noite desta quinta-feira (12) na cidade italiana de Mola di Bari, região da Puglia, deveria depor em um processo de indução e favorecimento de prostituição contra um ex-chefe, dono do centro de massagem onde ela trabalhou até abril de 2011. Seu testemunho no tribunal estava previsto para o próximo dia 25 de fevereiro.
"Ela era uma moça radiante e confiante no futuro, apesar das experiências horríveis vividas no passado. Mas na última vez que conversamos, há cerca de 10 dias, ela me pareceu desorientada e em choque", afirmou Massimiliano Carbonara, advogado da mulher de 29 anos.
Após deixar o antigo trabalho, Bruna decidiu abrir o próprio negócio e, segundo seu defensor, mudou completamente de vida, principalmente após o nascimento de sua filha, hoje com dois anos. A criança é fruto da relação com um homem com quem ela conviveu até poucos meses atrás.
"Independentemente das repercussões emotivas e sociais daquele episódio, aos meus olhos ela sempre pareceu empenhada em reencontrar o equilíbrio e a serenidade, mas nos últimos dias parecia estar com problemas pessoais", acrescentou o advogado.
O corpo da brasileira de 29 anos foi encontrado semicarbonizado em cima de uma maca dentro do centro de estética Arwen, do qual ela era proprietária. O leito também estava rodeado por velas.
Os bombeiros chegaram no local após serem avisados por alguns vizinhos que sentiram cheiro de queimado.
De acordo com um médico legal da polícia da Itália, a jovem apresentava algumas lesões no crânio, que poderiam ser compatíveis com uma queda. Segundo a imprensa local, Bruna era filha de um italiano e uma brasileira. Seu corpo passará por uma autópsia na próxima segunda-feira (16) em Bari. Enquanto isso, os investigadores estão tentando reconstruir as últimas horas da vítima, interrogando vizinhos e amigos.