Uma brasileira foi presa na última quarta-feira (16) em Illinois, nos Estados Unidos, após ter sido apontada pelo FBI como uma das envolvidas na invasão ao Capitólio em janeiro de 2021. O ato foi realizado por apoiadores do ex-presidente Donald Trump que tentavam reverter o resultado da eleição vencida por Joe Biden.
Leticia Vilhena Ferreira, de 32 anos, é acusada de ter agido conscientemente para entrar em um edifício restrito sem autorização e de ter se envolvido em conduta desordenada para impedir a condução de funções oficiais do governo.
O FBI teve acesso a conversas no celular de Letícia e afirmou que, um dia após a invasão, a brasileira enviou a seguinte mensagem: "Você acha que eles vão atrás de todas as pessoas que foram à área do Capitólio?".
A outra pessoa teria afirmado: "Não fique triste. Esteja preparada. Estamos todos ferrados. Sim, eles vão para todas essas pessoas". Leticia, por sua vez, teria respondido: "Fui tão irresponsável de andar lá".
As autoridades americanas afirmaram que foram à casa da brasileira na cidade de Indian Head Park, no estado de Illinois, em abril de 2021. Ela teria dito que foi a Washington para ver um discurso do então presidente Donald Trump, ainda que não tenha podido votar na eleição de 2020.
Segundo o FBI, Leticia disse que não ouviu o discurso porque seguiu uma multidão que caminhava em direção ao Capitólio. Ela teria ficado no prédio por cerca de 20 minutos e foi flagrada por câmeras de segurança no prédio.
Um ano após a invasão do Capitólio, mais de 725 pessoas foram presas e indiciadas. O FBI, no entanto, acredita que ao menos 2 mil pessoas estiveram envolvidas, de acordo com a agência France Presse.
Cerca de 225 pessoas foram acusadas de atos violentos durante a invasão, incluindo agressões aos agentes do Capitólio. O FBI afirmou que, apesar de ter aparecido em vídeos, "Ferreira não parece ter participado de nenhuma agressão aos oficiais".