Brasil monitora conflito entre Israel e Hezbollah e avalia resgate de brasileiros no Líbano

O governo brasileiro está atento à intensificação do conflito entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah

Ataque de Israel em área do sul do Líbano nesta segunda-feira (23) | Reprodução/ sahouraxo
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O governo brasileiro está atento à intensificação do conflito entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah. Diplomatas informaram à TV Globo que o Palácio do Planalto e o Itamaraty estão considerando a possibilidade de resgatar brasileiros que se encontram no Líbano.

Após uma manhã de intensos bombardeios, muitos libaneses estão buscando áreas seguras, enquanto Israel ataca alvos em várias partes do país, visando militantes de alto escalão do Hezbollah em Beirute. As autoridades israelenses também alegam que o Hezbollah esconde armamentos em dispositivos como pagers e walkie-talkies. Em retaliação, o Hezbollah tem disparado foguetes e drones contra o norte de Israel, causando incêndios em prédios e veículos.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil está em contato com a comunidade brasileira no Líbano e, até o momento, a embaixada está orientando os cidadãos a deixarem a região. O ministro Mauro Vieira, que participa da Assembleia-Geral da ONU em Nova York, está instruindo a embaixada a iniciar consultas com brasileiros que possam precisar de apoio para deixar o país.

O governo brasileiro está começando a compilar uma lista de cidadãos que desejam sair, o que é um passo preliminar para um possível resgate. No entanto, isso não garante que uma operação de evacuação será realizada, mas é uma medida necessária caso a situação se agrave.

HISTÓRICO DE RESGATES NO LÍBANO

O Brasil já realizou uma operação de resgate no Líbano durante o primeiro mandato do presidente Lula, em 2006, quando o país enfrentou ataques israelenses. Naquela ocasião, mais de 800 brasileiros foram resgatados, tanto do Líbano quanto da Síria.

Atualmente, o Itamaraty está avaliando a complexidade do novo cenário de segurança na região. Um diplomata envolvido nas discussões afirmou: “Caso seja necessário, saberemos adaptar a operação às circunstâncias difíceis de hoje. É cedo para determinar se precisaremos agir, mas devemos estar preparados.”

REPATRIAÇÃO

No final do ano passado, mais de 1.500 brasileiros foram repatriados da zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, especialmente na Faixa de Gaza, através de 11 voos coordenados pelo governo brasileiro.

Com informações do g1

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