O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Boris Johnson anunciou neste domingo (23) que não vai disputar a liderança do Partido Conservador, que o levaria de volta ao cargo de premiê após a saída de sua sucessora, Liz Truss.
Segundo Johnson, apesar de ter o apoio necessário para a disputa, ele concluiu que "essa simplesmente não seria a coisa certa a se fazer", já que "você não pode governar efetivamente a não ser que você tenha um partido unido no Parlamento".
Isso deixa o caminho livre para Rishi Sunak, favorito para suceder Liz Truss como chefe de governo, salvo imprevistos. Sunak foi ministro de Finanças durante o período de Boris Johnson à frente do país (leia mais abaixo).
Após a renúncia de Liz Truss na quinta-feira (20), começou uma corrida em busca de apoios para concorrer ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido. Pelas regras da próxima eleição interna, para ser candidato é preciso ser indicado por pelo menos 100 deputados do Partido Conservador, que tem a maioria na câmara britânica.
De acordo com a BBC, o ex-premiê afirmou que tinha o apoio de 102 deputados do Partido Conservador para entrar na disputa.
Processo de eleição interna
A britânica Liz Truss renunciou aos postos de líder do Partido Conservador e de primeira-ministra do Reino Unido na quinta-feira (20), abrindo novamente eleições para o cargo. A última eleição havia sido definida há pouco mais de um mês, no dia 5 de setembro.
Para escolher quem irá substitui-la, será feita uma votação interna pela liderança entre os membros do Partido Conservador. Por serem a maioria do Parlamento britânico, são eles que definem quem será o primeiro-ministro.
Diferente do processo para substituir Boris Johnson, que durou em torno de três meses, o novo líder do governo britânico será definido bem mais rapidamente, sendo anunciado até o dia 28 de outubro.