Os incêndios na Espanha já são considerados os piores dos últimos 20 anos. A área queimada ultrapassa os 300 mil hectares e o número de vítimas mortais subiu para quatro. Um bombeiro morreu e outro ficou ferido na sequência do capotamento da viatura onde seguiam. O acidente ocorreu na localidade de Espinoso de Compludo, na região de Castela e Leão, a mais afetada pelos incêndios.
Foi nessa mesma região, na semana passada, que dois voluntários morreram no combate às chamas. Segundo as autoridades policiais, 19 grandes incêndios estão ativos esta segunda-feira em Castela e Leão, que tem fronteira com Portugal. Outros incêndios de grandes dimensões em Espanha afetam ainda as regiões da Galiza (noroeste) e Extremadura (oeste), ambas com fronteira com Portugal.
Governo afirma emergência a nível nacional
As chamas também afetam zonas protegidas, como o Parque Nacional Picos da Europa. As autoridades apelaram às pessoas que suspendessem os percursos Caminhos de Santiago de Compostela, em especial os trajetos que passam pela região de Castela e Leão.
Milhares de pessoas estão desalojadas, devido as chamas em municípios como Leão, Palencia, Zamora ou Salamanca. Por outro lado, cerca de 15 estradas, todas secundárias, foram cortadas devido aos incêndios no noroeste e oeste do país.
A expectativa das autoridades é de que após 16 dias consecutivos de onde calor, as temperaturas nas zonas mais afetadas pelos incêndios diminuam. De acordo com a ministra da Defesa, Margarita Robles, o controle dos incêndios só poderá acontecer a partir da redução das temperaturas. Os incêndios na Espanha este ano já queimaram 343 mil hectares, superando o recorde de 306 mil hectares registado no país em 2022..
No domingo, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, prometeu fornecer todos os recursos necessários às comunidades autónomas para extinguir os incêndios que assolam o país e propôs um “amplo pacto de Estado para mitigar a emergência climática”.