Georg Ratzinger, irmão do Papa Bento XVI, disse nesta segunda-feira (11) à France Presse que sabia "havia alguns meses" que o pontífice planejava renunciar ao cargo, por conta de sua idade avançada.
"Sei faz alguns meses que ele planejava", disse. "Ele ficará em Roma."
"Considero que esta decisão é justa", indicou ainda Georg, que considera "globalmente positivo" que o Papa abra caminho para alguém mais jovem no comando da Igreja Católica.
Mais cedo, Georg Ratzinger havia confirmado que a renúncia se deve a motivos de saúde e à idade avançada.
"A idade oprime", disse o também religioso Georg Ratzinger, de 89 anos de idade, em declaração à agência alemã de notícias "DPA". Ele ainda comentou que o médico do pontífice aconselhou ao papa que não faça mais viagens transatlânticas. No entanto, o Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo da renúncia.
O irmão mais velho do papa afirmou também que o sumo pontífice tem cada vez mais dificuldades para andar, o que complica sua vida pública, e ressaltou que seu "irmão quer mais tranquilidade a esta idade".
O Papa fica cansado cada vez mais rápido, explicou Georg Ratzinger, que qualificou de "processo natural" a anunciada renúncia de Bento XVI e reconheceu que já conhecia de antemão a decisão anunciada nesta segunda-feira.
Aposentado da vida ativa, Georg Ratzinger foi professor de música da catedral de Regensburg e diretor do coro infantil da catedral.
Em setembro de 2011, ele publicou o livro "Meu irmão, o papa", escrito em colaboração com o jornalista Michael Heseman, no qual conta, entre outras coisas, a vida religiosa da família, rigorosamente católica, e a oposição radical do pai a que os dois irmãos se alistassem nas juventudes hitleristas.