Um bebê nasceu com uma rara condição chamada Síndrome da Sereia, também conhecida como Sirenomelia e viveu por apenas 10 minutos. A deformidade congênita fez com ele nascesse com as pernas unidas, semelhante a uma cauda de sereia. O caso aconteceu no norte da Índia.
A condição ocorre a partir de uma falha no suprimento vascular normal, quando o cordão umbilical falha em formar duas artérias. Como resultado, não há fornecimento de sangue suficiente para atingir o feto. Sendo assim, a única artéria ‘rouba’ a nutrição a partir do sangue da parte inferior do corpo, e o desvia para a placenta. Em consequência disso, o feto acaba não desenvolvendo dois membros diferentes.
Trata-se de uma condição extremamente rara, que afeta um em cada 100 mil bebês, sendo mais provável de ocorrer em gêmeos idênticos. Essa síndrome é fatal e não há relatos de sobreviventes adultos. Isso porque, a maioria morre poucos dias após o nascimento, devido a insuficiência renal e da bexiga. A operação é impossível devido ao desenvolvimento inadequado do corpo. Em alguns casos extremamente raros, os rins podem ser transplantados.
A ginecologista que atendeu o caso do bebê indiano, Dra. Vandana Arya afirmou ter relatado diversos nascimentos de crianças com doenças congênitas que causavam deformidades, mas este foi um caso extremamente raro. “O bebê nasceu com o corpo semelhante à de um peixe, e suas mãos se espalhavam como barbatanas, o que fez deste caso ainda mais exclusivo. A parte superior do corpo do bebê era absolutamente funcional, mas os membros inferiores não haviam se desenvolvido”, disse.
O caso do bebê indiano é o primeiro relatado no País. A mãe tinha apenas 22 anos de idade e de acordo com a ginecologista, existem vária causas para o surgimento da condição. Entre elas, o consumo excessivo de medicamentos, deficiência de vitaminas, a genética e histórico de diabéticos na família.