O Serviço de Guarda de Fronteiras da Ucrânia (SGU) denunciou que um de seus aviões foi atacado neste sábado com disparos de fuzis de assalto quando patrulhava a fronteira administrativa com a república autônoma da Crimeia, que se proclamou parte da Rússia.
A tripulação desse avião, que não está equipado com armas, observou disparos contra a aeronave quando sobrevoava a cidade de Armiansk, no istmo que une a península da Crimeia com o resto do território ucraniano.
"Os pilotos realizaram uma brusca manobra de evasão, desceram até a altura mínima e abandonaram a área" do ataque, segundo um comunicado do SGU.
As autoridades ucranianas denunciam que "os agressores armados russos cometem todo tipo de arbitrariedades, pressionam psicologicamente os guarda-fronteiras, lhes ameaçam, desinformam e intimidam".
"Nesta ocasião, empregaram armas de fogo apesar do risco que isso representa para vidas humanas", ressalta a nota.
Por outro lado, a Ucrânia reconheceu que uma centena de soldados russos e 50 membros armados das chamadas Autodefesas da Crimeia fizeram retroceder os soldados ucranianos no posto fronteiriço "Crimeia" para permitir a entrada de duas colunas de veículos militares em território da autonomia.
Mais de 30 caminhões militares sem placas de identificação e um carro de transporte blindado entraram em território ucraniano da vizinha Rússia através da fronteira marítima no estreito de Kerch, ao leste da península da Crimeia, de acordo com o SGU.
O serviço também denunciou que tropas russas invadiram nesta madrugada um de seus postos de vigilância na Crimeia e jogaram os guarda-fronteiras e suas famílias na rua.