A Austrália vai retirar a maior parte de suas tropas do Afeganistão em 2013, um ano mais cedo que o previsto no calendário fixado pela Otan para a saída das forças da coalizão internacional, informou nesta terça-feira (17) a primeira-ministra australiana, Julia Gillard.
Apesar da perda de 35 soldados desde 2001, a Austrália garantiu, em várias ocasiões, que respeitaria o calendário de retirada completa fixado pela Otan para o final de 2014.
Canberra tem no momento 1.500 soldados no Afeganistão. A missão da Otan reúne 130 mil militares para apoiar o governo do presidente Hamid Karzai contra a insurgência talibã.
Gillard detalhará sua decisão no próximo mês, na cúpula da Otan em Chicago.
A retirada começará quando o presidente Karzai der o sinal verde para a transferência da segurança às forças nacionais na província de Uruzgan, onde está estacionada a maior parte do contingente australiano.
A decisão do presidente Karzai é esperada para "os próximos meses" e a retirada deve demorar de 12 a 18 meses, destacou Gillard.
Este prazo é um "ponto de referência crucial para as forças internacionais, que poderão passar a um papel de apoio no Afeganistão".
No domingo, ataques coordenados lançados pelos talibãs contra a capital Cabul e outras partes do Afeganistão deixaram 51 mortos, incluindo membros das forças de segurança, civis e 36 rebeldes.
O ataque a Cabul foi o assalto coordenado mais importante contra a capital afegã em dez anos de guerra, desde que os talibãs foram expulsos do poder na invasão dirigida pelos Estados Unidos, no fim de 2001.