Moscou: atentado em aeroporto matou 8 estrangeiros

Ninguém assumiu a autoria, mas polícia suspeita de rebeldes islâmicos.

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O Ministério de Emergências da Rússia informou que oito cidadãos estrangeiros estão entre os 35 mortos no ataque suicida da véspera no aeroporto Domodedovo, em Moscou, o mais movimentado do país.

Lista preliminar de mortos publicada no início desta terça-feira (25) mostra dois britânicos, um alemão, um búlgaro, e quatro cidadãos de antigas repúblicas soviéticas: Uzbequistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Ucrânia.

O atentado, que também deixou 110 feridos, ainda não foi assumido, mas as autoridades russas suspeitam de separatistas islâmicos do Cáucaso do Norte.

A segurança foi reforçada nos principais aeroportos e em outros sistemas de transporte.

O presidente Dimitri Medvedev cancelou sua viagem ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

O atentado pode ter sido cometido por uma mulher-bomba e um cúmplice, um estilo operacional "habitual" dos rebeldes do Cáucaso do Norte, informou uma fonte policial à agência Ria-Novosti.

"A explosão aconteceu no momento em que a suposta terrorista abriu sua mala", disse a fonte.

"Não podemos descartar a hipótese de que os terroristas teriam a intenção de deixar o explosivo no terminal e que a explosão teria acontedido de forma acidental".

Flores são deixadas nesta terça-feira (25) em homenagem aos mortos pelo atentado da véspera, em saguão no aeroporto russo de Domodedovo; ao fundo, policiais montam guarda.

O presidente Medvedev afirmou que a direção do aeroporto de Domodedovo terá que responder pelo atentado.

"O que aconteceu demonstra com clareza que aconteceram violações das regras de segurança", disse.

"Todos aqueles que têm responsabilidades, aqueles que decidem e a direção do aeroporto deverão responder por tudo. É um ato de terror. É uma tragédia", completou.

Fontes policiais afirmaram que de cinco a sete quilos de TNT foram utilizados no ataque.

Papa condena

O papa Bento XVI condenou nesta terça o que chamou de "ato grave de violência" e expressou sua profunda dor pelo atentado.

"O papa expressa sua profunda dor e reprova firmemente este ato grave de violência" em um telegrama enviado ao presidente russo, através do número dois do Vaticano, o cardeal Tarcisio Bertone.

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