Talibãs vestidos com uniformes militares atacaram uma base militar em Balkh, no norte do Afeganistão, deixando mais de 100 soldados mortos ou feridos na sexta-feira (21), segundo o Ministério da Defesa, citado pela CNN e pela BBC.
O número de soldados atingidos pelo ataque ainda não está claro nesta manhã de sábado (22). As primeiras informações falavam em mais de 134 mortos, de acordo com a BBC, mas esse número foi revisado. Autoridades disseram que os terroristas atacaram utilizando granadas e rifles, além de detonar os coletes com explosivos.
O porta-voz do Ministério da Defesa, Daulat Waziri, afirmou que um dos terroristas entrou em um veículo militar e disparou contra os soldados que rezavam em uma mesquita, de acordo com a Associated Presse.
O refeitório da base militar tambémfoi alvo dos terroristas, segundo o general americano John Nicholson, que comanda a operação "Resolute Support" (Apoio Resoluto) da Otan, no Afeganistão, de acordo com a France Presse.
Em um pronunciamento, o Talibã declarou que homens-bomba fizeram o ataque no distrito de Dihdadi. O governo afegão informou que menos 10 deles morreram – dois suicidas e oito em combate.
O exército afirmou que os terroristas, com uniformes militares, dirigiram-se aos check points antes de atacar a sede do 209º Corpo do Exército Nacional Afegão, responsável por grande parte do norte do Afeganistão, incluindo a província de Kunduz, de acordo com a Reuters.
Infiltrados
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, disse em um comunicado neste sábado que o ataque foi uma retribuição pelo recente assassinato de vários líderes do Talibã no norte do Afeganistão. O grupo terrorista pede a saída das tropas estrangeiras do país.
Quatro dos terroristas eram simpatizantes do grupo que se infiltraram no exército e serviram por algum tempo. O exército afegão não confirma.
Em 8 de março, um ataque de mais de seis horas contra o hospital militar de Cabul, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, deixou 54 mortos, de acordo com o balanço oficial.