Um ataque suicida com bombas deixou ao menos 70 mortos e 112 feridos em um hospital de Quetta, no oeste do Paquistão, nesta segunda-feira (8), segundo a rede americana CNN. Nenhum grupo reivindicou o atentado.
"Há muitos feridos, então o número de mortos pode subir", afirmou Rehmat Saleh Baloch, ministro da Saúde da província de Balochistão, segundo a agência France Presse.
A explosão ocorreu por volta de 9h30 no horário local (2h30 no horário de Brasília), em um momento em que muitos advogados e jornalistas se concentravam no hospital após o assassinato do presidente do colégio de advogados da província do Balochistão. Bilal Anwar Kasi foi morto a tiros por um grupo de homens não identificados.
Imagens de televisão mostraram cenas de caos, com pessoas em pânico fugindo em meio aos destroços à medida que a fumaça tomava conta dos corredores do hospital, segundo a Reuters. A France Presse relatou que os corpos ficaram espalhados em meio a muito sangue e cacos de vidro.
O chefe do governo de Balochistão, Sanaullah Zehri, afirmou ao canal de televisão Geo que se trata de um ataque suicida "planejado", que contava com o atentado contra o advogado e a chegada de outros profissionais ao hospital para ser realizado.
O político disse desconhecer o responsável pelo ataque e afirmou que grupos insurgentes estão se concentrando em alvos "brandos". Após a explosão, foi declarado estado de emergência em todos os hospitais da cidade.
O primeiro-ministro do Paquistão, Muhammad Nawaz Sharif, condenou o ataque ao hospital. "Ninguém é autorizado a perturbar a paz na província, que foi restaurada graças aos inúmeros sacrifícios das forças de segurança, da polícia e do povo do Balochistão", disse ele em um comunicado, de acordo com a CNN.