Assaltantes do sexo feminino estão virando tendência nos EUA

Seis senhoras de idade que batem carteiras e usam cartões de crédito furtados

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Na terça-feira, uma mulher vestindo blusa pink, saia marrom e salto alto roubou um banco em Ohio, nos Estados Unidos. Ela estava armada, rendeu funcionários e, no melhor estilo filme de ação americano, fugiu dirigindo em alta velocidade.

Em maio, a polícia americana rendeu outra mulher assaltante. Melanie Lynn Pagan, 32, estava saindo do banco ? armada ? quando foi rendida pela polícia. A ?bandida do cabelo feio? (Melanie ganhou esse apelido inglório por razões simples de imaginar) participou de doze assaltos no estado de Washington, afirmam autoridades.

Quatro das seis mulheres que fazem parte da "gangue" das chapeleiras malucas

Seis senhoras de idade que batem carteiras e usam cartões de crédito furtados ganharam o apelido de ?chapeleiras malucas?, em referência a Alice no país das maravilhas e ao assaltante James Madison, que roubou 17 bancos usando chapéus variados. Um único banco vítima das chapeleiras estima ter perdido entre US$ 200 mil e US$ 500 mil.

Essas mulheres fazem parte de um grupo em franco crescimento, que ?opera? em um setor dominado por homens, conta a reportagem da ABC News. Estatísticas do FBI mostram que a porcentagem de mulheres que cometem assaltos a banco passou de 5,4%, em 2003, para 7,08%, no ano passado, e há mais mulheres brancas envolvidas nesse tipo de crime.

O detalhe é que as mulheres estão agindo sozinhas com mais frequência. No passado, elas eram apenas cúmplices, enquanto os homens lideravam a operação. Outra diferença: as mulheres roubam porque precisam do dinheiro, enquanto os homens podem cometer crimes apenas pela excitação que isso provoca.

?Não é uma epidemia, mas é certamente uma tendência?, diz Rosemary Erickson, uma socióloga da Flórida especializada na área forense. Para ela, o fenômeno está relacionado aos problemas econômicos enfrentados pelos Estados Unidos.

Outro especialista, Robert McCrie, professor de gestão da segurança em Nova York, acredita que o aumento de crimes cometidos por mulheres está relacionado à segurança. ?Existe a noção de que não haverá perigo. Você avisa que é um assalto, talvez diga que está armada, o caixa passa o dinheiro e você vai embora?, afirma.

O único exemplo brasileiro do quilate das americanas é Djanir Suzano, conhecida como Lili Carabina. Nas décadas de 70 e 80, ela participou de diversos assaltos. Toda ?montada? (ou arrumada de modo chamativo), ela distraía a segurança enquanto os comparsas agiam. Ela morreu em abril de 2000, aos 55 anos.

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