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Argentina realiza eleições legislativas neste domingo; resultado pode redefinir força política de Javier Milei

A popularidade do argentino tem decaído; apenas nos últimos dois meses duas propostas de lei foram vetadas pelo Congresso Nacional

Presidente argentino, Javier Milei | Foto: Cristina Sille/Reuters
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Ocorre neste domingo (26), as eleições para o legislativo na Argentina. Ao todo, 127 cadeiras da Câmara dos Deputados devem ser ocupadas, o que representa metade da casa. Já no Senado um terço será eleito, ou seja, 24 vagas serão preenchidas. 

Essa é uma fase crucial na política do país, principalmente para Javier Milei. O partido do presidente argentino, La Libertad Avanza, detém  apenas 37 deputados e seis senadores. 

Especialistas ouvidos pela Reuters apontam que, caso o partido de Milei ,conquiste ao menos 35% dos votos, isso sinalizaria uma vantagem positiva ao presidente. Já que ele passaria a ter um apoio maior nas casas legislativas, e consequentemente mais projetos continuados. 

De acordo com Marcelo Garcia, diretor da consultoria Horizon Engage, especializada em Américas em risco, se o argentino se aproximar dos 40%, isso seria visto como "uma eleição muito boa" para o seu governo.

O QUE ISSO SIGNIFICA NA PRÁTICA?

As eleições do legislativo são cruciais para os próximos passos de Miley à frente do governo argentino. Isso porque quanto mais apoio tiver em ambas as casas legislativas, e para isso é necessário deputados e senadores que votem a favor de suas propostas, mais chance terá de dar continuidade às suas políticas de reforma econômica, principal motor do seu governo.

Milei anunciou este mês que pretende implementar reformas trabalhistas para aumentar a força de trabalho formal e novos cortes de impostos nacionais, que ele ainda não explicou em detalhes.

A popularidade do presidente argentino tem sido afetada por esquemas de corrupção a pessoas ligadas a ele. Além disso, apenas nos últimos dois meses o Congresso vetou duas propostas de lei que aumentavam o financiamento para universidades públicas, assistência médica pediátrica e pessoas com deficiência de sua autoria, o que representa um risco para sua força política.  

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