Após pedido de Tóquio, operadora desliga usina de Hamaoka no Japão

A decisão foi tomada após uma reunião extraordinária da cúpula da Chubu Electric Power

Usina de Hamaoka, que foi desligada pelo governo japonês | Reprodução Web
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A operadora da usina nuclear de Hamaoka aceitou nesta segunda-feira o pedido do governo japonês para suspender as operações dos reatores diante do risco de um forte terremoto na região, informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

A decisão foi tomada após uma reunião extraordinária da cúpula da Chubu Electric Power, que adiara a decisão após uma reunião semelhante no sábado (7).

"Nós decidimos suspender a operação nos reatores 4 e 5 e adiar o religamento do reator 3", disse o presidente da Chubu Electric Power, Akihisa Mizuno.

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, pediu na sexta-feira (3) que o grupo Chubu Electric Power interrompesse o funcionamento da usina nuclear de Hamaoka, situada na falha sísmica do centro do arquipélago. Ele alegou preocupações com a segurança dos moradores dos arredores.

A medida serviria para evitar uma nova crise nuclear como a que afetou a usina de Fukushima Daiichi, que teve o sistema de resfriamento de seus reatores danificado pelo terremoto e tsunami de 11 de março. Apenas nos últimos dias, a operadora da usina, Tokyo Eletric Power Co., deu os primeiros passos definitivos para o controle da crise.

A usina fica na província de Shizuoka, a 200 km de Tóquio, uma zona com probabilidade de 87% de sofrer um tremor de magnitude 8 ou superior nos próximos 30 anos.

Kan e a Chubu Electric Power não disseram, contudo, como pretendem compensar os mais de 3,5 gigawatts de energia produzidos pela usina. O primeiro-ministro pediu apenas que os japoneses tomem medidas para economizar energia.

O terremoto de magnitude 9, seguido de um tsunami, danificou gravemente a usina de Fukushima Daiichi, 240 km norte de Tóquio, levando ao acidente nuclear mais grave desde Tchernobil, em 1986.

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