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Após conversas com Trump, governo russo estabelece condições para Putin se encontrar com Zelensky

A possibilidade de encontro surgiu após uma sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump

Vladimir Putin estaria disposto a se reunir com o líder ucraniano, Vladimir Zelensky | Foto: Reprodução
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quinta-feira (21/08) que o presidente Vladimir Putin estaria disposto a se reunir com o líder ucraniano, Vladimir Zelensky, desde que as questões centrais ligadas ao conflito entre Moscou e Kiev sejam tratadas previamente em nível técnico. 

Segundo Lavrov,  a possibilidade de encontro surgiu após uma sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que recentemente conversou com Putin e Zelensky. Trump defendeu que houve uma reunião direta entre os dois líderes, antecedendo uma eventual cúpula trilateral com sua presença.

Condições e pressão por diálogo

Lavrov também disse Zelensky tem pressa em se encontrar com Putin pois deseja manter-se no centro das atenções da comunidade internacional. “O presidente russo disse repetidamente que está pronto para se reunir, inclusive com Zelensky, se houver um entendimento de que todas as pautas que exigem consideração no mais alto nível foram trabalhadas minuciosamente”, afirmou o chanceler.

O ministro também relembrou um episodio de 2022, quando Zelensky assinou um decreto proibindo negociações diretas com Putin, medida que permanece em vigor. De acordo com Lavrov, a atual postura do presidente ucraniano busca mais visibilidade do que resultados concretos. “Trata-se simplesmente de substituir o trabalho sério, árduo e difícil de concordar com os princípios de uma resolução sustentável da crise... por efeitos especiais e truques no estilo da KVN e da Kvartal 95”, disse, ao se referir à trajetória de Zelensky como comediante antes da política.

Apoio de Trump 

O assessor do Kremlin, Yury Ushakov, confirmou que durante uma ligação nesta semana, Putin e Trump mostraram apoiar a continuidade das negociações diretas entre Moscou e Kievretomadas em maio em Istambul. Eles também discutiram a possibilidade de ampliar o nível de autoridades participantes.

Moscou reforçou que qualquer acordo só será considerado viável se contemplar as preocupações de segurança da Rússia e reconhecer o atual cenário territorial, incluindo a Crimeia e as quatro regiões ucranianas que votaram pela adesão à Federação Russa em 20022.

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