A Rússia lançou, entre a noite de quinta (3) e a madrugada desta sexta-feira (4), o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da invasão, com 539 drones e 11 mísseis disparados em uma única onda, segundo autoridades ucranianas.
A ofensiva aconteceu horas antes de uma conversa entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e um dia após Trump ter falado por telefone com Vladimir Putin — sem avanços, conforme ele próprio declarou.
De acordo com Zelensky, 270 alvos foram abatidos e outros 208 neutralizados com tecnologia de guerra eletrônica. Ao menos 23 pessoas ficaram feridas. “Foi uma noite brutal e sem sono. Os alertas começaram quase simultaneamente à ligação entre Trump e Putin”, afirmou o líder ucraniano.
A capital Kiev foi o principal alvo, mas as regiões de Dnipro, Sumy, Kharkiv e Chernihiv também registraram bombardeios.
O ataque amplia as tensões diplomáticas após os EUA anunciarem a suspensão do envio de determinadas armas a Kiev. Segundo o chanceler ucraniano Andrii Sibiga, Putin estaria “demonstrando absoluto desrespeito” por qualquer apelo ao fim da guerra. Já o Kremlin declarou que o líder russo está disposto a negociar, mas que continuará buscando seus objetivos militares no campo de batalha.