Fontes da agência AP afirmam que ao menos seis pessoas morreram em um ataque contra a Sede do Comando de Sistemas Marítimos em Washington, no mais antigo porto dos Estados Unidos. A chefe da polícia local, Cathy Lanier, confirmou que um atirador estaria morto e que autoridades estão verificando relatos sobre outros dois suspeitos. Um dos foragidos seria um homem negro e outro um homem branco. Ambos estariam vestindo uniformes das Forças Armadas, segundo testemunhas.
Entre as vítimas do ataque estão um policial, três civis e um funcionário da base. Ao menos três feridos estão em estado grave e foram levados a hospitais mais próximos. De acordo com autoridades, um atirador permaneceu cercado por horas, no complexo onde mais de 3 mil pessoas trabalham. Ele vestia roupas militares e carregava uma arma de grande porte. Outro suspeito teria atirado de uma janela contra as vítimas, afirmam relatos.
Washington é considerada por analistas como uma das cidades mais seguras dos EUA. Especialistas questionam como os atiradores conseguiram entrar na base da Marinha e realizar o ataque, já que todos os carros que circulam pelo complexo têm que ser autorizados. Há suspeitas de que um dos atiradores seja membro das Forças Armadas.
Fontes do ?Washington Post? afirmam que um homem fez uma barricada dentro de uma sala e ficou entrincheirado dentro do prédio da Sede do Comando de Sistemas Marítimos. Há relatos de que ele seja careca, negro e com altura de cerca de 1,80 m.
Em pronunciamento, o presidente americano, Barack Obama, lamentou o ataque contra a base da Marinha e chamou a investida de um ato covarde. Ele reforçou que autoridades ainda estão apurando o caso e defendeu que os atiradores sejam punidos.
- Nós ainda não sabemos os fatos, mas estamos enfrentando um novo ataque de atiradores. Desta vez em uma base militar. Esses homens e mulheres estavam indo para o trabalho, realizando suas tarefas, protegendo todos nós. Qualquer um que seja responsável por esse ataque deve ser punido.
Autoridades fecharam vias e uma entrada do metrô nos arredores do local, ordenando que membros da Marinha permaneçam onde estão e em alerta até que o atirador seja capturado. Alguns funcionários foram resgatados por helicópteros em cestas no topo de prédios do complexo, enquanto atiradores de elite são deixados no local. Uma equipe da Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos - que investigou o atentado contra a Maratona de Boston - foi enviada à área.
O funcionamento do Aeroporto Ronald Reagan foi interrompido por algumas horas, mas depois retomado. A segurança do Capitólio, da Casa Branca e outras sedes de governo foi reforçada. Dez escolas próximas ao local selaram suas portas para manter os alunos em segurança.
O tiroteio começou por voltas das 8h (horário local), segundo um funcionário que conseguiu deixar a base e falou ao ?Washington Post?. A testemunha conta que escutou tiros e depois o alarme de incêndio foi acionado.
- Nós não vamos voltar para a base hoje. Mas ainda há pessoas lá dentro - afirma.
Uma outra funcionária, identificada como Terry Durham, contou à mídia local que, antes de conseguir deixar seu escritório, avistou um homem negro com um rifle. Ele atirou contra ela e seus companheiros de trabalho, mas só acertou a parede.
- Ele é alto e aparentemente é negro - disse.