Alunas à venda, bombas humanas:Como vivem as escravas sexuais do Boko Haram - Refugiados traumatizados

O grupo terrorista Boko Haram tem raptado crianças e mulheres, sobretudo nos Camarões, de quem abusa sexualmente e usa em atentados suicidas. - Refugiados traumatizados

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Refugiados traumatizados

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No campo de refugiados de Minawao, no norte dos Camarões, vivem mais de 260 mil pessoas. Entre os refugiados identificados com necessidades especiais e direcionados para apoio psicológico está Hamidou Mohamat, de 21 anos, que foi raptado na vila nigeriana de Kumshe. "Os combatentes do Boko Haram obrigaram-me a mim e aos meus três irmãos a juntar-nos a eles. Quem tentava escapar era morto", recorda.

Os combatentes atacavam hospitais, escolas, camponeses e empresários. Hamidou Mohamat tinha de "assegurar que toda a comida e bens de primeira necessidade, que eram roubados, eram levados para os seus campos no mato".

Mohamat conseguiu escapar. Entregou-se aos militares e está a ajudá-los nas investigações. Os militares garantem que os ex-prisioneiros de grupos rebeldes que são apanhados com armas são detidos e julgados num tribunal militar. Os que se entregam por livre vontade são levados para campos especiais para ajudar nas investigações.

Segundo Alain Mvogo, oficial militar camaronês, está a ser dada especial atenção e aconselhamento a refugiados com trauma. "O objetivo é libertar todos aqueles que estiveram presos em cativeiro pelo Boko Haram e trazer de volta paz às suas comunidades", afirma. "Trabalhamos com grupos humanitários e organizações não-governamentais para darmos tratamento adequado a pessoas traumatizadas, cuidar das suas necessidades de saúde e dar-lhes comida".

Os chefes da polícia de seis países da África Central estiveram reunidos, recentemente, em Yaoundé, nos Camarões, para tentar encontrar soluções para combater o tráfico humano que visa alimentar grupos terroristas. Comprometeram-se em levar à justiça todos os traficantes.

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