O alpinista Bernardo Collares, de 46 anos, morreu na última segunda-feira (3) depois de se acidentar em uma montanha na Patagônia argentina. Ele sofreu uma queda na descida da escalada, durante uma manobra de rapel, na região de El Chatén. Com a queda, o carioca fraturou a bacia, teve uma hemorragia interna e ficou impossibilitado de continuar a descida.
Uma tempestade impediu médicos e socorristas de chegarem até o local, e o corpo continua na montanha. O resgate depende das condições climáticas.
Em entrevista ao programa Balanço Geral, André Ilha, amigo de Collares, de 46 anos, confirmou a morte do brasileiro, que sofreu um acidente durante uma escalada na região da Patagônia, na Argentina.
Collares, que também é vice-presidente da Confederação Brasileira de Escalada, tentava subir o Fitz Roy, uma das montanhas mais difíceis para a prática da região, quando fraturou a bacia e sofreu uma hemorragia.
- O acidente aconteceu na segunda-feira. Já se passaram três dias e, em um deles, houve uma forte tempestade. Humanamente é impossível alguém sobreviver.
Segundo a escaladora Kika Bradford, que estava com o brasileiro, informou que desceu e procurou ajuda, mas os médicos teriam alegado que só poderiam subir a montanha caso as condições climáticas melhorassem.
Collares se feriu em um dos primeiros rapéis de escalada. A escaladora não conseguiu carregar o brasileiro, já que faltava ainda 35 rapéis para finalizar a caminhada.
Ela deixou o alpinista com um saco de dormir e seguiu sem ferimentos. Kika chegou ao Rio de Janeiro nesta quarta-feira (5).