Em uma ousada ofensiva, os rebeldes iemenitas houthis, aliados do Irã, Hamas e Hezbollah, lançaram seu maior e mais sofisticado ataque contra embarcações comerciais no mar Vermelho nesta quarta-feira (10). O ataque ocorreu em meio ao conflito entre o grupo palestino Hamas e Israel, desencadeando uma resposta coordenada de caças americanos e navios de guerra dos Estados Unidos e do Reino Unido.
De acordo com informações, as forças ocidentais interceptaram 18 drones, dois mísseis de cruzeiro e um míssil antinavio em locais próximos à costa do Iêmen. Os alvos eram diversos cargueiros na região, e todos os armamentos foram derrubados sem causar danos, segundo fontes aliadas.
A ação, que ocorreu nas proximidades dos portos iemenitas de Hodeida e Mokha, representa o 26º ataque houthi contra rotas comerciais no mar Vermelho desde 19 de novembro, de acordo com o Comando Central das Forças Armadas dos EUA. A empresa de inteligência Ambrey destacou que os houthis, xiitas aliados do Irã, travam uma guerra civil desde 2014.
Força-tarefa ampliada
O Reino Unido afirmou que a ação provocativa não ficará sem resposta, enquanto os EUA, que ampliaram uma força-tarefa contra pirataria na região desde 2002, destacaram a participação de caças F-18 e navios de guerra, incluindo o porta-aviões USS Dwight Eisenhower e os destróieres USS Gravely, USS Laboon e USS Mason, além do britânico HMS Diamond.
Os ataques houthis têm como alvo navios com suposta ligação com Israel, e a insistência do grupo em suas ações têm gerado temores de uma escalada regional. O mar Vermelho, por onde passa cerca de 15% do comércio mundial por navios, já viu empresas de carga desviarem suas rotas devido aos constantes incidentes.
Enquanto isso, as tensões aumentam na fronteira norte de Israel, onde as escaramuças entre Israel e o Hezbollah libanês ameaçam sair do controle. Após ataques do Hezbollah a bases militares israelenses, o temor de um confronto mais amplo cresce, especialmente após Tel Aviv dar por encerradas as ações principais na parte norte da Faixa de Gaza.
A ofensiva dos EUA continua, com o secretário de Estado, Antony Blinken, visitando o presidente palestino, Mahmoud Abbas. A busca por uma solução de dois Estados é reforçada, enquanto o cenário geopolítico permanece instável, com receios de uma escalada nos conflitos na região do Oriente Médio.
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