Aiatolá Ali Khamenei felicita e dá sinal verde ao acordo nuclear de Genebra

O líder supremo atribuiu “à generosidade de Alá, à reza e ao apoio do povo do Irã” um acordo que definiu como “um sucesso”.

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O líder supremo da República Islâmica do Irã, aiatolá Ali Khamenei, felicitou neste domingo o governo liderado pelo presidente Hassan Rohani pelo acordo nuclear alcançado nesta madrugada em Genebra e deu sinal verde para a negociação continuar.

Em resposta a uma carta na qual Rohani lhe comunicava o pacto, Khamenei lhe enviou outra na qual afirmava que corresponde "o apreço e o agradecimento à equipe negociadora nuclear e a outros responsáveis" que discursaram para conseguir o histórico acordo com o Grupo 5+1 (EUA, China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha).

O líder supremo atribuiu "à generosidade de Alá, à reza e ao apoio do povo do Irã" um acordo que definiu como "um sucesso".

Khamenei também estimulou o Executivo para que o pacto alcançado na cidade suíça "seja a base das seguintes medidas" que deverão ser tomadas "com inteligência".

Nas negociações que seguirão para conseguir um acordo definitivo, a equipe negociadora deve se guiar pela "resistência diante dos excessos", disse o líder, o que pode ser interpretado como uma indicação de que os negociadores, liderados pelo ministro das Relações Exteriores Mohammed Yavad Zarif, devem pôr freio às demandas da comunidade internacional de que o Irã suspenda seu programa nuclear.

Teerã selou nesta madrugada com o Grupo 5+1 um acordo histórico que congelará seu programa nuclear durante seis meses enquanto se continuar negociando um pacto definitivo.

A República Islâmica deverá parar o enriquecimento de urânio acima de 5% e diluir as reservas existentes, de cerca de 200 quilos, a 20%.

O país também não aumentará as reservas de urânio enriquecido a 3,5% e, além disso, se submeterá a controles sem precedentes por parte dos analistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

Em troca, o Irã poderá repatriar US$ 4,2 bilhões procedentes das exportações de petróleo bloqueados em bancos estrangeiros e poderá obter US$ 1,5 bilhão por exportações de produtos petroquímicos e automotivos.

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