Uma afegã que havia sido presa por "adultério forçado" após ter sido estuprada por um parente foi libertada quase duas semanas depois de um conselho judicial ter dito que ela poderia ser solta, afirmou a advogada dela na quarta-feira (14). Ela recebeu o perdão após o clamor internacional sobre o caso.
"Ela foi solta na noite passada", disse a advogada Kimberley Motley. "Ela está feliz de estar em um lugar mais seguro."
O sexo fora do casamento -mesmo em casos de estupro - é um dos vários "crimes morais" pelos quais as mulheres são presas no Afeganistão. Eles incluem ainda fugir de um marido abusivo e casamento forçado.
Gulnaz, que agora tem 21 anos, foi atacada pelo primo de seu marido em 2009 e depois foi condenada a dois anos de prisão por "adultério à força". Ela deu à luz uma menina atrás das grades.
Após uma apelação, a pena aumentou para 12 anos de cadeia. Ela foi avisada de que seria libertada se concordasse em se casar com o seu agressor.
A sentença foi reduzida a três anos em outra apelação, ocorrida em novembro. A exigência para que se casasse com o estuprador, que cumpre pena de 7 anos, foi retirada.