Restaurantes, churrascarias e sorveterias que comercializam comida a quilo estão na mira do Imepi. O Instituto de Metrologia do Piauí comandará uma fiscalização às balanças destes estabelecimentos, entre os dias 19 de fevereiro a 19 de março, para garantir à população que ela esteja pagando somente pelo que consome.
A inspeção já é feita com regularidade, mas será reforçada tendo em vista as diversas denúncias que o órgão recebe. “Todas as balanças de estabelecimentos comerciais devem possuir o selo Imepi 2016 e a operação consiste em saber se estes objetos estão dentro das conformidades e padrões estabelecidos pelo Inmetro”, destaca o presidente da instituição, Maycon Danylo.
Os pontos de alimentação que vendem comida a quilo devem utilizar um mecanismo chamado ‘tara’ em suas balanças. Sua função é subtrair o peso do prato no momento da pesagem para que o consumidor pague apenas pelo que está consumindo.
Todas as balanças devem estar colocadas em um local que não receba interferência de vento, como ar- condicionado, ventilador ou qualquer área ventilada para que não haja interferência na hora de pesar.
Além disso, todos os estabelecimentos devem colocar uma placa identificando o valor da tara para que o consumidor saiba que esta quantia será descontada e o consumidor não pagará pelo peso do prato. “O cliente deve pagar apenas o alimento, e não o prato. é dever dos restaurantes apresentarem mecanismos para informar o público”, destaca o diretor do Imepi.
Para os consumidores, a inspeção chega em um momento bem-vindo, já que a discrepância entre a quantidade de comida colocada no prato e o valor cobrado na balança gera cada vez mais desconfiança na população que utiliza os restaurantes de comida no quilo.
A universitária Camila Fortes utiliza o serviço com frequência e já foi vítima de uma imprecisão na balança que gerou prejuízo para ela. “Certa vez eu fui em restaurante e lá fora dizia que o quilo tinha um determinado preço, e quando fui pesar estava uns R$ 2 a mais.
Pedi para fazer a correção e a funcionária do local disse que não sabia mexer na balança. Pedi que chamasse o gerente, mas ele não se encontrava. Não fizeram nada a respeito e simplesmente deixei de ir lá”, relata.
A estudante se sentiu indignada e considera que os estabelecimentos deveriam estar mais empenhados em corrigir uma prática que lesa o público. Para ela, estes estabelecimentos deveriam ser penalizados.
“Acredito que, primeiramente, a gerência desses estabelecimentos deveriam se manter atentas. Se mesmo assim houvesse um descaso, aí sim a vigilância deveria fiscalizar rigorosamente e multar aqueles estabelecimentos que estão desregulados”, pensa.