O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou a empresária e influenciadora Michele Dias Abreu, de 43 anos, por intolerância religiosa após ela associar a tragédia climática no Rio Grande do Sul às religiões de matriz africana.
Michele, residente de Governador Valadares, na Região dos Vales de Minas Gerais, publicou um vídeo nas redes sociais em 5 de maio, no qual afirmou que os temporais e enchentes que desalojaram mais de 540 mil pessoas, resultaram em 154 mortes e deixaram 94 desaparecidas foram motivados pela "ira de Deus".
O vídeo foi compartilhado com quase 32 mil seguidores e alcançou três milhões de visualizações, segundo o Ministério Público. No Brasil, a punição para pessoas que cometem intolerância religiosa é a mesma prevista pelo crime de racismo, quando a ofensa discriminatória é contra grupo ou coletividade, pela raça ou pela cor.
Na denúncia à Justiça, a promotoria afirma que a influenciadora não só cometeu um crime como induziu milhares de pessoas "à discriminação, ao preconceito e à intolerância contra as religiões de matriz africana".