?É má gestão, não tem outra causa?, disse o presidente da Associação das Industrias do Piauí, Ezequias Costa Filho. ?Uma coisa é uma falha no equipamento, o que já aconteceu esse ano. Outra é a demora para resolver, isso é má gestão?. Ele e o presidente do Sindilojas, Luís Antônio Veloso, falaram ao meionorte.com e para eles a situação da Eletrobrás ? Piauí, não é boa.
A inconstância da distribuição de energia elétrica no Piauí não tem afetado apenas as pessoas. Lojistas e industriais também são bastante lesados sempre que falta luz. Lojas, por exemplo, precisam climatizar e iluminar seus espaços, e muitas fazem pagamentos por cartões, e computadores. Na industria, o problema é ainda mais complicado. ?Hoje tudo se opera por computador, por eletrônicos, e são equipamentos que queimam com freqüência?, disse Ezequias Filho.
Para Luís Veloso, a opção de privatizar a energia elétrica pode ser uma boa opção. ?Claro que não é uma regra, mas quase sempre, as privatizações geram bons resultados?, disse. Para ele, o modelo de gestão da Eletrobrás atrapalha o bom serviço. ?São muito atrelados à direção, que está em outro estado. Precisam dar mais autonomia a coordenação daqui?, afirmou o presidente do Sindilojas.
Ezequias Costa concorda com a privatização, e disse: ?Existe um fantasma em volta da privatização, não sei por quê tanto medo. Não conseguimos vencer esse medo e por isso ficamos assim, mais atrasados?, disse ele, lembrando casos como o do Ceará, que depois da privatização, foi considerada melhor empresa de distribuição de energia do país por duas vezes.