Incêndios, lixo, aeroporto: as ameaças as ruínas históricas de Machu Picchu

Autoridades do Peru continuam em estado de alerta. Queimadas atingiram área próximas as ruínas históricas

Incêndio nas ruínas de Machi Piccu foram controladas após três dias | AFP
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Um incêndio florestal que estava perto das ruínas incas do Machu Picchu, no Peru, foi controlado nesta sexta-feira, 1.º de julho. Foram três dias de apreensão, mas as autoridades ainda estão em alerta porque as chamas podem ressurgir. Elas ameaçam a antiga cidade nas montanhas.

O fogo consumiu cerca de 30 hectares. Isso equivale em área a metade do tamanho da Cidade do Vaticano. O incêndio foi provocado na terça-feira, 28, após agricultores queimarem grama e detritos para se preparar para semear.

Incêndio foi controlado, mas autoridades ainda temem por Machu Piccu - AFP

Lixo nos vilarejos

Mas não é isso somente que ameaçada esse patrimônio histórico. Há excesso de lixo, principalmente o vilarejo de “Aguas Calientes”, porta de entrada para a cidade histórica. Os turistas deixam lá os seus resíduos, causando um grande problema para os moradores.

Não é fácil gerenciar esse lixo, há dificuldade de transporte, sem estradas, há apenas ferrovias.  As garrafas plásticas deixadas pelos visitantes são coletadas, compactadas e agrupadas em fardos, facilitando o envio para as recicladoras.

O local é considerado uma das Sete Maravolhas do Mundo - Unsplash

Patrimônio

Machu Picchu, um complexo de estruturas de pedra no topo de uma montanha.O local, considerado uma das sete maravilhas do mundo.

Aeroporto

O Vale Sagrado dos Incas e a cidade de Machu Picchu correm risco real de destruição. O alerta é de centenas de historiadores, antropólogos e arqueólogos do Peru. Sem falar em inúmeros artigos em revistas científicas e de turismo contra a construção de um novo aeroporto internacional em Chinchero.

Já está sendo  construído um novo aeroporto em Cusco - reprodução internet

Novo aeroporto

Com o novo aeroporto, previsto para estar pronto em alguns anos com projeto multimilionário de construtoras canadenses e sul-coreanas, a região passaria a receber 6 milhões de visitantes por ano, cerca de 22 mil pessoas a mais por dia que o recomendado pela Unesco.

Na opinião dos pesquisadores, o fluxo de pessoas irá causar urbanização descontrolada e mudanças irreversíveis a fauna, a flora e aos sítios arqueológicos. 

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