O incêndio de grandes proporções registrado neste sábado (20) na Serra de Santo Antônio, um dos principais pontos turísticos do município de Campo Maior, já dura quase 12 horas e se alastrou na parte superior do lugar. Os brigadistas conseguiram controlar o fogo na parte inferior após horas de contenção, mas as chamas já haviam subido pelos paredões de rochas.
Em entrevista ao Meionorte.com, Arnaldo Aragão, coordenador da Defesa Civil do município, explicou que por questões de segurança, as equipes saíram do local logo no início da noite, mas adiantou que os trabalhos retornarão logo nas primeiras horas da manhã deste domingo. Em um vídeo feito pelo repórter Helder Felipe, é possível ver a dimensão do incêndio já da parte do açude grande, há quilômetros da serra.
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“A gente conseguiu controlar na parte de baixo, mas com o vento muito forte, a temperatura quente, ele subiu a serra com uma proporção muito forte e fica o risco ambiental. Por conta de ser a noite e a temperatura vai abaixando, as equipes retornaram para a base. Mas não existe o risco de atingir casas”, pontuou Arnaldo.
Os trabalhos de contenção iniciaram por volta das 9h40 da manhã, com a técnica de contra-fogo e auxílio de carros-pia. Ainda segundo o coordenador de Defesa Civil, o incêndio ainda é de causas desconhecidas.
A Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultora Familiar (STTR) do município de Campo Maior, Francisca Reis, destacou para a reportagem que não é o primeiro incêndio registrado na área. "Depois que toma a parte de cima, para controlar é mais difícil. Isso é de todo ano acontece a mesma coisa. Todo ano tem. Não sei porque as pessoas não se preparam. A mudança que teve é que esse ano foi no mês de agosto, porque geralmente é no mês de outubro. Ele queima serra todinha e os terrenos que ficam por perto", reitera.
Serra de Santo Antônio
Distante apenas 15 km do centro da cidade, o Parque Estadual da Serra, criado em 2019, possui quase 4 mil hectares, repleto de belezas exuberantes, que possibilitam a quem deseja fugir da rotina conhecer uma grande diversidade biológica e paisagística.
Até poucos anos atrás, a região não era muito conhecida e explorada, porém, passou a atrair um volume de turistas do Piauí e de outros estados do Brasil, inclusive para a prática do rapel. Para chegar até lá, o acesso é feito pela PI-215, e em seguida um acesso de chão batido.