O Corpo de Bombeiros de Goiânia confirmou na tarde desta sexta-feira (25) que pelo menos 9 pessoas morreram durante um incêndio no centro de internação provisória para menores do 7º Batalhão da Polícia Militar, no Jardim Europa, na capital goiana. Os adolescentes atearam fogo a um colchão enrolado na grade de um dos alojamentos da Ala A. Uma pessoa ficou ferida.
A responsabilidade pelo local é da Secretaria Cidadã. Em nota, o órgão declarou que não houve rebelião, mas não explicou o que causou as chamas. O órgão disse ainda que vai passar detalhes sobre os prejuízos e providências que serão tomadas após o trabalho dos bombeiros.
O Corpo de Bombeiros informou que foi acionado às 11h27 e enviou quatro caminhões para apagar as chamas e resgatar feridos no incêndio. No centro de internação estavam cerca de 50 internos, mas no alojamento incendiado estavam 11 adolescentes.
O membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil Gilles Sebastião Gomes criticou o local onde os menores estavam.
“Em 2013, a Defensoria Pública do Estado de Goiás entrou com uma ação civil pública que determinava a limitação das vagas nesse centro de internação e, até hoje, isso não foi cumprido pelo estado. A Ordem dos Advogados do Brasil vai tomar atitudes no sentido de interditar essa unidade e, caso contrário, limitar as vagas em 50 internos”, disse.