Fala-se muito da tecnologia e crianças, os cuidados, os estímulos e tudo que podemos e devemos fazer para proteger nossos pequenos. Mas e os adultos, como estão lidando com essa novidade tecnológica? Quais as regras de tudo isso e qual a melhor maneira de utilizar? Segundo a terapeuta Wanessa Moreira, o “a inabilidade em usar algo de alcance tão grande e tão rápido, tem prejudicado e muito as pessoas mais impulsivas e ansiosas”.
E nesse compasso, as relações entre as pessoas estão sendo prejudicadas. “Sabe aquela frase: pronto falei? Vai lá e faz o textão, ou crítica uma outra pessoa, e mesmo que se arrependa depois, já foi, centenas ou milhares de pessoas já tiveram acesso... e agora?”, indaga a profissional que trabalha como orientadora pessoal.
Para a especialista, as pessoas tristes e magoadas saem impondo suas regras umas sobre as outras no ambiente virtual. “E para onde vai toda essa energia e tempo gasto? Coloca as pessoas ainda mais no estresse de sobrevivência e em uma frequência, uma vibração que rouba a nossa bateria de amor com a vida”, afirma Wanessa.
O resultado de tudo isso, de acordo com a terapeuta, é o aumento da irritação, reclamação e uma procura intensa por verdades, que nunca irão chegar. “E sabe por quê? Não há um lado certo, há sim o lado de cada um, e quando se perde o respeito, só é possível ver os erros que sobraram. E as pessoas vão se perdendo ao invés de usarem a conexão da tecnologia para se encontrar!”, diz.
Não é sobre tirar um do outro, e sim sobre um somar ao outro, exemplifica Wanessa: “não preciso me incomodar porque o outro é feliz nas fotos das redes sociais, sejam fotos reais ou não, é o que a pessoa posta! Posso me inspirar no que ela está mostrando e aplicar na minha vida aquilo que eu busco!”, argumenta a terapeuta.
Portanto, a terapeuta transpessoal recomenda que as pessoas usem cada vez mais a tecnologia com o significado de ‘conexão’: “união, uma relação de dependência; em que há lógica, nexo e coerência, como o próprio dicionário define. Um significado que é tão rico por si só, ao invés de gerarmos mais ainda solidão e afastamentos”, recomenda.