Impasse sobre idade feminina adia leitura de texto da reforma

Avaliação é que falta tempo para fechar text

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Foi adiada para esta quarta-feira a definição do relatório da reforma da Previdência. O presidente da comissão que trata do tema na Câmara, Carlos Marun (PMDB-MS), alega falta de tempo para fechar o texto e garante que o prazo de votações será mantido, apesar do atraso de um dia na leitura do texto. Marun afirma ainda que o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não viram “problema” no adiamento.

Nesta terça-feira, o presidente Michel Temer recebe ministros e deputados no Palácio do Alvorada para café da manhã. Em seguida, a reunião será com senadores. O objetivo do governo era que o café fosse uma cerimônia para selar o relatório da reforma previdenciária. Em vez disso, contudo, a audiência com dezenas de parlamentares deverá ter discussões, principalmente sobre tempo de contribuição e idade mínima de mulheres.

— Não é unanimidade nem base nem no governo nem na comissão — declarou Marun sobre as aposentadorias femininas, que são o principal ponto de dúvida dos “5%” restantes para a definição do texto, como definiu. O deputado garante que a matéria, que ainda terá longos debates nesta terça-feira, deve ser aprovada na comissão até o fim da semana que vem, e ir ao plenário da Casa na segunda semana de maio.

Meirelles e Temer, de acordo com Marun, aceitaram o adiamento da leitura do texto por Arthur Maia (PPS-BA), relator das mudanças nas aposentadorias.

O governo já cedeu em vários pontos da reforma. O tempo de contribuição para ganhar a aposentadoria integral caiu de 49 anos para 40 anos. A idade mínima para para idosos assistidos pelo Benefício de Prestação Continuada (BPC) foi reduzida em dois anos e ficou em 68 anos.

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