Há 13 anos o Sr. Alexandre convive com um grande problema em razão de uma descarga elétrica que foi vítima no ambiente de trabalho. Portanto, a falta de sensibilidade dos motoristas de ônibus virou um suplício para ele.
?A primeira dificuldade é pegar um ônibus. Se eu estiver com alguém eles param, caso contrário, não. Assim, eu só vou pegar outro ônibus depois de duas horas, assim, eu atraso os meus compromissos?, disse ele ao afirmar que normalmente sai dos ônibus com muitas dores em razão das freadas bruscas. ?Eu tenho que comprar um analgésico por causa das dores?.
O Sr. Faustino, que é possuidor de outra deficiência física e ainda é idoso, é outro exemplo. Ele tem muita dificuldade para pegar um ônibus. Segundo ele, o motorista nunca para onde ele está, e sim, há 100 ou 200 metros depois. ?Para mim, é difícil, ninguém entende. Eles pensam que não podem passar por isso porque são sadios.?
A falta de acesso às paradas de ônibus é uma das maiores queixas de idosos e portadores de deficiência.
A vice-presidente da Associação dos Deficientes Físicos de Teresina pede o apoio da população e quer providências. ?Nós recebemos relatos todos os dias. Nós queremos clamar a sociedade para que o motorista tenha sensibilidade e compromisso social. Nós queremos respeito! A rampa dos ônibus não funcionam porque nem sempre eles sabem manuseá-las.?
O presidente do Conselho dos Direitos do Idoso, Jesus Diocesano, considera que a causa é também do sistema que, segundo ele, está falido. ?Nós somos solidários a essa categoria. Da forma como o sistema está falido, todos os problemas recaem sobre o motorista. O que a gente pode fazer é se unir como entidades para buscar uma qualidade melhor dos transportes. Todos os funcionários passam por um sistema de qualificação para fazer essa prestação de serviço com qualidade.?