Uma mulher de 88 anos, que estava internada na Santa Casa de Barra Mansa, no interior do Rio de Janeiro, morreu depois de uma funcionária ter injetado sopa em sua veia. A direção do hospital reconheceu o erro, mas não acredita que isso tenha provocado a convulsão da paciente, como mostrou o Bom Dia Rio.
O enterro aconteceu na manhã de terça-feira (9), na capela do cemitério municipal. Dezenas de parentes e amigos estavam inconformados com a morte da idosa. "Estamos todos revoltados e queremos que seja feita a justiça e que não aconteça com mais ninguém", disse um familiar da idosa.
Ilda Vitor Maciel estava internada desde o dia 27 de setembro na Santa Casa de Barra Mansa. Ela teve um acidente vascular encefálico, que paralisou metade do corpo. Os filhos dizem que ela vinha apresentando sinais de melhora.
?Conversei com ela no domingo, ela entendia o que eu falava com ela. Dei minha mão na mão dela e ela apertava com uma força danada?, afirmou o neto Mauro Maciel. De acordo com a família, na noite de domingo (7) a idosa esperava por mais uma refeição, que era uma sopa. "Injetou foi na veia. Quando injetou na veia, minha mãe pegou e começou a se bater, colocou a língua para fora e começou a se bater. Eu fiquei assustada e fui e chamei a enfermeira", disse a filha.
Ela foi medicada, mas morreu 12 horas depois. A ficha de informação que solicita a necropsia, assinada por uma médica da Santa Casa, apresenta o acidente como provável causa da morte, e sugere embolia pulmonar, quando as veias do pulmão são obstruídas.
Já na declaração de óbito do Instituto Médico Legal (IML) de Volta Redonda, consta causa indeterminada, aguardando resultados de exames de laboratório. A direção da Santa Casa reconheceu o erro da funcionária, mas não acredita que ele tenha relação com a convulsão, nem com a morte da paciente. Eles esperam pelo resultado do laudo, que deve ficar pronto em 30 dias.
?Em função do equívoco e da dúvida que ficou é que nós resolvemos, e partiu da Santa Casa, a conversação com os familiares para que o corpo fosse removido até o IML para fazer a necropsia. A própria ouvidoria da Santa Casa abriu o processo interno, que já está em andamento?, alegou Álvaro Freitas, diretor administrativo da Santa Casa.