O grupo Caoa, que é um dos representantes da Hyundai no Brasil, foi condenado pelo Ministério Público de São Paulo a pagar R$ 1,6 milhão por divulgar propagandas consideradas enganosas no país. O inquérito, que corria desde o ano de 2011, foi encerrado no dia 11 de agosto.
O Ministério Público lista 65 citações de propagandas da Hyundai com trechos considerados inverossímeis. A lista, dividida entre modelos de carros, está disponível no site do MP-SP.
O documento destaca o uso da afirmação de que "a Hyundai passa a Ford e já é a quarta maior fabricante de automóveis do mundo", quando na verdade esse número se referia apenas à Coréia do Sul, e mesmo assim somando-se a produção da Kia, que integra o mesmo grupo industrial.
De acordo com um Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a empresa e a Promotoria de Justiça do Consumidor, a Caoa deverá pagar uma indenização equivalente a R$ 1,6 milhão. O pagamento será feito através da doação de 27 furgões HR (avaliados em R$ 60,5 mil cada) para instituições beneficentes.
No passado, a empresa já havia sido advertida pelo uso de trechos adulterados de reportagens impressas em seus anúncios. Outra polêmica ocorreu em 2011, quando o Hyundai Veloster teve divulgados motorização e potência que alegadamente não condiziam com a verdade.
A Caoa é responsável pela comercialização de todos os importados da Hyundai no país, além da produção do Tucson e do ix35. Já a Hyundai Motor Brasil, vinculada à matriz coreana, cuida da produção e comecialização da família HB20 (hatch e sedã).
Caso haja reincidência, a empresa será multada em R$ 100 mil a cada propaganda considerada enganosa.