O homem que agrediu com um tapa no rosto o presidente da França Emmanuel Macron há dois dias, Damien Tarel, foi condenado pelo Tribunal Francês da cidade de Valence a 18 meses de prisão. Como ele não possuí antecedentes, cumprirá apenas quatro meses. O caso aconteceu na localidade de Tain-l'Hermitage, na região de Drôme, no Sudeste do país.
Durante a audiência, o Ministério Público alegou que o tapa no presidente foi um ato inadmissível de uma violência deliberada. Esse foi o argumento usado pelo MP para pedir a condenação de Tarel.
Segundo o canal de notícias BFM TV, Tarel disse ao tribunal que era um simpatizante da direita e que atacou Macron porque o presidente representava "tudo que estava podre na França". Ele ainda contou que, durante vários dias antes da visita de Macron à região de Drôme, havia pensado em jogar um ovo ou uma torta nele.
"Eu acredito que o Macron representa muito bem a decadência do nosso país — disse Tarel ao tribunal, de acordo com a BFM TV — Se eu tivesse desafiado Macron para um duelo ao nascer do Sol, eu duvido que ele teria aceitado", completou.
O suspeito, que foi acusado de agressão contra uma autoridade pública, administra um clube local de entusiastas de artes marciais europeias históricas, incluindo a esgrima. Ele também fundou um clube de jogos de tabuleiro chamado "Os cavaleiros da mesa quadrada" e, de acordo com fontes a par da investigação, não possui antecedentes criminais.
Ao agredir Macron, Tarel gritou "Abaixo a Macrônia" e "Montjoie Saint Denis!", o grito de guerra do Exército francês quando o país ainda era uma monarquia.