A Polícia Civil identificou o homem de camiseta branca que aparece em imagens de TV depredando o prédio da Prefeitura de São Paulo na noite desta terça-feira (18). Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), a polícia foi até a sua casa, mas ele não passou a noite no local. O DEIC (Departamento de Investigações sobre Crime Organizado) está procurando o homem, identificado como Tiago. Não foram divulgados seu sobrenome e sua idade.
A polícia deteve 69 pessoas após os protestos contra o aumento da tarifa de ônibus na noite desta terça, na região central de São Paulo. Dentre elas, oito são menores de idade. Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, 47 pessoas foram indiciadas. A secretaria não divulgou o motivo do indiciamento e também não informou se algum dos detidos já foi libertado.
Os detidos foram distribuídos em seis distritos policiais. Eram, ao menos, 16 detidos no 1º DP (Liberdade), 30 no 8º DP (Brás), 15 no 78º DP (Jardins), um no 2º DP (Bom Retiro) e um no 3º DP (Campos Eliseos). Presos também foram levados para o 5º DP (Aclimação)
O sexto protesto contra o aumento das tarifas do transporte público em São Paulo, realizado na noite desta terça-feira (18), foi marcado por saques a lojas, destruição de agências bancárias e a depredação do edifício Matarazzo, sede da Prefeitura de São Paulo. Tanto os saques quanto a passividade da Polícia Militar durante ações de vândalos diferenciaram o ato dos demais, que ou ocorreram pacificamente, como nessa segunda (17), ou foram fortemente reprimidos pela PM, como na quinta-feira (13).
Demorou cerca de três horas entre o início da ação dos vândalos, perto das 18h30, e a chegada dos primeiros carros da Força Tática ao local, por volta de 21h30, quando lojas já estavam saqueadas e danificadas, e as vidraças laterais e frontais da prefeitura, destruídas.
Segundo o instituto Datafolha, cerca de 50 mil pessoas participaram da sexta manifestação. De acordo com a polícia, ao menos 56 foram presos por saques, no centro, e por atos de vandalismo na região da rua Augusta, para onde parte dos manifestantes se dispersou.