Homem ouve pássaro, diz que é sinal de morte e acaba assassinado em casa

A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime teve relação com o canto de um pássaro que ele acreditava “sinalizar a morte”.

Homem ouve pássaro, diz que é sinal de morte e acaba assassinado em casa | Reprodução
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O empresário capixaba Silvio Trarbach Stein, 39, foi assassinado dentro de casa em Domingos Martins (ES). Ele ainda teve o corpo carbonizado pelos criminosos. A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime teve relação com o canto de um pássaro que ele acreditava "sinalizar a morte". 

A vítima foi morta no último dia 16, e, desde então, os investigadores da DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa) estavam em buscas dos suspeitos. Um homem de 35 anos e uma mulher de 23, foram detidos e, segundo a polícia, confessaram a morte do empresário.

Homem ouve pássaro, diz que é sinal de morte e acaba assassinado em casa

De acordo com o delegado Geraldo Peçanha, o casal afirmou que estava em uma festa com a vítima na noite do crime. Eles teriam costume de sair juntos e usarem drogas. Os três teriam feito uso de cocaína e crack na ocasião.

Em determinado momento, Silvio teria ouvido o canto de um pássaro — a espécie não foi informada — e comentado que, quando a ave cantava, era sinal de que alguém iria morrer naquele dia. O casal suspeito, então, teria achado que a fala da vítima seria uma ameaça. 

"O homem teria dito 'quando esse pássaro canta, alguém morre. Eu tô achando que um de nós três vai morrer'. O comentário teria feito com que o 'amigo' se sentisse ameaçado e, naquele momento, ele acabou dando um mata-leão [na vítima]. Após isso, a mulher teria tido a ideia de amarrar os pés da vítima e atear fogo na casa", afirmou Geraldo Peçanha. 

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros foram acionados para atender a ocorrência e combater o incêndio. Após conter as chamas, a Polícia Civil foi chamada e constatou um corpo no local já sem vida e descobriram que a vítima era o também servidor público da Prefeitura de Domingos Martins. 

O casal fugiu do local, mas a mulher foi detida dois dias depois e o homem se apresentou no terceiro dia. Ambos confessaram a participação no crime e alegaram o mesmo motivo para a polícia. Eles já estavam com mandado de prisão temporária em aberto.

O inquérito do caso ainda não foi concluído e também não foi remetido ao Ministério Público do Espírito Santo, para oferta de denúncia à Justiça. O delegado explicou que, por esse motivo, ainda não divulgaria os nomes dos presos. A divulgação está prevista para o anúncio de conclusão do inquérito, que deve ocorrer dentro dos próximos 30 dias.

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